Isenção de IPI mantém setor aquecido em MT
A prorrogação da desoneração e redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor de material de construção, anunciada na última quarta-feira pelo ministro Guido Mantega (Fazenda), vai manter o setor da construção civil de Mato Grosso aquecido. Ao todo, 30 itens de materiais de construção continuarão com IPI reduzido, o que deverá representar uma queda de 6% a 7% no preço final dos produtos ao consumidor. O fim do benefício para o setor estava previsto para abril e foi prorrogado para o final de junho de 2010.
“Estamos otimistas e acreditamos que o IPI menor vai resultar em um maior movimento de vendas neste final de ano”, afirmou ontem o presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção do Estado (Acomac), José Wenceslau Júnior.
Os varejistas comemoraram a decisão. Para eles, a medida deve manter o mercado aquecido. “As obras continuarão a ser tocadas em um ritmo mais veloz, como já temos percebido nos últimos meses, quando o governo federal decidiu conceder a desoneração”, observou Júnior.
Por conta da crise mundial, o comércio de produtos para construção civil tinha projeção de queda para este ano. “Graças à desoneração iniciada no mês de abril, nosso setor sofreu um forte impulso. Se no começo do ano a nossa previsão era negativa para 2009, com a medida estimamos que o crescimento poderá chegar a 12%. E, para 2010, as nossas expectativas são ainda mais positivas em função da Copa do Mundo de 2014, que tem Cuiabá como uma das sedes”.
Como observa Júnior, o governo federal entendeu que ao abrir mão de cerca de 5%, ganhou em dobro, “porque as vendas estão aquecidas. Para o próximo ano, somente Cuiabá e a Baixada Cuiabana deverão apresentar expansão de 18%, já refletindo as expectativas para a Copa”.
O segmento no Estado é formado por 2,8 mil lojas e 80% delas são de pequeno porte. A cada ano o segmento se expande em cerca de 15%.
PRODUTOS - Entre os produtos beneficiados com a prorrogação da desoneração e redução do IPI estão cimento, tintas, argamassas, banheiros, boxes e revestimentos.
O custo das medidas anunciadas para o setor da construção civil é de R$ 686 milhões.
Segundo o ministro Guido Mantega, diversos produtos - entre os quais insumos para a indústria - terão alíquota zerada de imposto, fazendo com que o produto fique mais barato ao consumidor. "Estamos dando uma contribuição, mas espero que o setor aproveite essa oportunidade para fazer promoções de fim de ano e abaixe ainda mais os preços, reduzindo as margens de lucro".
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