Palmeiras tenta blindar jogadores de declarações polêmicas de Belluzzo
A diretoria do Palmeiras tenta blindar os jogadores da repercussão das declarações do presidente do clube, Luiz Gonzaga Belluzzo, chamando os são-paulinos de "bambis" em uma festa na escola de samba Mancha Alviverde.
Segundo o gerente de futebol do clube, Toninho Cecílio, o objetivo é não deixar que comentários sobre o vídeo que circula no "Youtube", com imagens do dia 17 de outubro, prejudiquem a concentração dos atletas.
O Palmeiras se prepara em Itu para enfrentar o Atlético-MG, no domingo, pela 37ª e penúltima rodada do Campeonato Brasileiro.
"O assunto fica à margem. O nosso objetivo é trabalhar forte. O assunto entre os jogadores deve ser o Atlético-MG", afirmou o dirigente à rádio Jovem Pan.
"[O vídeo] não tem repercussão nenhuma aqui [no elenco]. O foco é só na partida. Esse é um assunto particular do presidente, que estava em um evento privado", falou Cecílio, que elogiou a atuação de Belluzzo no comando do clube.
"O São Paulo sabe que nós respeitamos muito a instituição. Ele [Belluzzo] não quis atingir a instituição. Isso é claro", afirmou.
Na gravação, Belluzzo diz claramente: "Vamos matar os bambis, eles já morreram hoje. Palestra, Palestra!"
O Palmeiras é atualmente o quarto colocado do Campeonato Brasileiro, com 59 pontos, três a mais do que o Atlético-MG, primeiro time fora da zona de classificação da Libertadores. O São Paulo, líder do Nacional, tem 62 pontos.
Linguagem de futebol
Na quarta-feira, Belluzzo disse à Folha Online que não teve intenção de provocar o time rival com suas palavras e afirmou que o que foi dito "faz parte da linguagem de futebol".
"Isso foi em uma festa de escola de samba, eu estava lá com a minha família. Falei lá alguns minutos, e as pessoas já transformam as coisas. A palavra 'matar' é no sentido de ir pra cima, de ganhar, uma linguagem utilizada no futebol. Era tudo uma brincadeira com a nossa torcida naquele ambiente", disse Belluzzo.
"É um negócio ridículo [explorar esse fato]. Obviamente foi uma brincadeira. Estava com a minha filha ao meu lado e fiz uma saudação à nossa torcida, em um clima de festa. Eu não estava na praça de Nuremberg excitando os alemães a uma guerra contra os judeus. É tudo coisa do futebol", continuou.
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