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Wilson Costa Marques tinha crachá da Prefeitura de Cuiabá e alegou ter sido contratado do município em 2007. Alencastro não confirmou vínculo
Falso fiscal é preso vendendo terrenos
A Polícia Militar prendeu ontem (12) um homem que se passava por fiscal da Prefeitura de Cuiabá para vender terrenos de forma irregular. Wilson Costa Marques, 52 anos, foi acusado de estelionato e deve responder o processo em liberdade.
A denúncia que resultou na prisão foi feita por uma vítima que afirmou ter pago R$ 2 mil de entrada em um terreno na região do bairro Terra Nova.
Assim que capturado, o acusado relatou ter sido funcionário contratado do setor de habitação da prefeitura. Lá teria trabalhando há cerca de seis anos, ainda na gestão Wilson Santos (PSDB).
Há a suspeita é que Marques usava o mesmo crachá da época para aplicar os golpes. Ele ainda é suspeito de falsificar documentos oficiais e escrituras da prefeitura. Com ele, foram apreendidos documentos de propriedade de terrenos e um crachá de fiscal.
A assessoria do Palácio Alencastro afirmou que está dando todo o apoio às investigações e vai acompanhar o caso para que seja esclarecido o mais breve possível.
Acrescenta ainda que o suspeito já tinha passagens pela polícia. No entanto, não soube responder se ele teve, de fato, vínculo empregatício com o município em 2007, como alegado em depoimento.
Diante da denúncia, o presidente da Câmara de Cuiabá, vereador João Emanuel (PSD), afirmou que vai instaurar no Legislativo uma investigação sobre a secretaria municipal de Cidades, comandada por Suelme Evangelista Fernandes.
O intuito, segundo o social-democrata, é esclarecer o caso e outros eventuais golpes e vendas ilegais de terrenos em nome da prefeitura que podem ter ocorrido.
“Vou encaminhar, na terça-feira (16), um pedido de informações sobre esse caso. A partir disso, vamos investigar. Se tiver funcionários da Pasta envolvidos, deve haver perda de função”, antecipa.
O vereador, que já foi secretário de Habitação na gestão passada, lembrou que partiu da Pasta de Cidades a ordem de despejo contra cerca de 500 famílias que residiam na região do bairro Dr. Fábio.
A determinação só não foi cumprida porque o prefeito Mauro Mendes (PSB) voltou atrás, diante da repercussão negativa.
“Esse é mais um motivo que desperta suspeitas. É muita coincidência”, avalia o parlamentar, ressaltando que boa parte das pessoas que residiam no local garantiam ter documentos que comprovavam a posse dos terrenos, enquanto o município alegava que a área era fruto de uma ocupação irregular.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
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