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Agronegócios
Quarta - 25 de Novembro de 2009 às 11:52

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Parte do milho colhido na safrinha ainda permanece estocado nos armazéns de Mato Grosso. Nem a queda no preço estimulou a procura pelo grão. O agricultor Zeca Chiarelo conta que falta comercializar 30% do que ele produziu nesta safra, mas o preço em Sinop (cidade localizada a 500 quilômetros da capital mato-grossense) é baixo. Está em torno de R$ 8,00 a saca de 60 quilos. "O comércio que tem hoje para o milho é via governo federal. Para a exportação, sem premio de escoamento, é inviável. Não tem como fazer", explicou Chiarelo.

A produção em Mato Grosso foi recorde, com 8,5 milhões de toneladas, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária. Mesmo com nove leilões feitos pela Conab este ano, o Estado ainda tem quase milhão e meio de toneladas sobrando só desta safra.

A situação em Mato Grosso pode causar outros problemas daqui a alguns dias. Se o milho não for escoado a tempo faltará espaço para armazenar a próxima safra de soja que deve começar a ser colhida em janeiro.

Segundo o gerente de armazém, Dalto Gagnini, com o estoque elevado e preços baixos, a única solução é a intervenção do governo. "A questão hoje não é nem só de preço. O problema hoje é a questão da falta de compradores. O mercado interno praticamente já se abasteceu e, como o Estado cada ano vem produzindo mais milho, o mercado vai ter de se adaptar a essa nova oferta", disse Cagnini.





Fonte: TVCA com Globo Rural

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