Soldado da Polícia Militar é assassinado com 2 tiros
O soldado da PM Valdecy Ribeiro de Ataídes, de 35 anos, foi assassinado com dois tiros na cabeça. A execução ocorreu anteontem, por volta das 21 horas, no bairro Altos da Serra, em Cuiabá. Testemunhas disseram que dois homens armados se aproximaram do carro da vítima, um Prisma, e um deles atirou a curta distância. Em seguida, fugiram. O crime seria um acerto de contas.
Segundo policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o soldado teria ido visitar uma mulher, que o atendeu na porta da casa. Ataídes nem chegou a parar totalmente o automóvel no momento em que foi executado. “Ele estava com a mão no freio de mão, indicando que ainda iria desligar o motor”, explicou um policial que participa das investigações.
A mulher, ouvida pelo delegado Antônio Carlos Garcia, disse que o militar não a visitava com frequência. Ela tinha um assunto a tratar com ele, mas não esperava sua visita. A mulher ainda chegou a comentar com a vítima que “não deu certo o negócio lá”. Ela não soube detalhar de que tipo de negócio se tratava.
Com 15 anos na corporação, o militar estava lotado no Batalhão de Guardas e trabalhava no policiamento externo de uma das unidades prisionais da Grande Cuiabá.
Ataídes esteve preso em março deste ano sob acusação de tentativa de assassinato. Na ocasião, ele chegou a ser preso em flagrante acusado de atirar no auxiliar de enfermagem Jassan Tiago Rosa Jorge, de 30, baleado com quatro tiros, que o atingiram no rosto e no braço. Depois do atentado, o acusado ainda foi visto no Pronto-socorro de Cuiabá (PSC) por familiares da vítima, que temeram a ocorrência de outra agressão e acionaram os PMs que fazem plantão no local. O militar estava com uma pistola de uso exclusivo em serviço.
O estudante ferido foi levado ao PSC, onde passou pelo box de emergência e ficou em observação. O motivo do crime seria devido ao fato do estudante ter testemunhado o assassinato do comerciante Agnaldo de Oliveira Prado, de 40, ocorrido no início de fevereiro, no Jardim Mariana, em Cuiabá. “Era para eu ficar quieto, não falar nada (sobre o assassinato)”, disse o estudante em seu depoimento.
No depoimento que prestou, a vítima aponta o militar como um dos participantes do crime, a mando de um traficante. “Ele (o traficante) é suspeito de ser o mandante, mas faltava quem executasse”, disse um policial da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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