Grau de violência para jovens é médio, diz pesquisa
A pesquisa foi encomendada pelo Ministério da Justiça (MJ) e gerou números para traduzir o nível de vulnerabilidade dos jovens de 12 a 29 anos à violência nos municípios. O Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência (IVJV) reúne diversos fatores sobre as condições de vida da população que explicam a medida em que os jovens são afetados pela criminalidade urbana.
O IVJV vai de 0 a 1. Várzea Grande, que cravou 0,447 pontos, está dentro da faixa considerada média, que vai de 0,370 a 0,450. O mesmo é considerado para Cuiabá (66ª colocação no ranking) e Rondonópolis (79ª), com índices pouco abaixo do da Cidade Industrial. Apenas o índice de Sinop (173ª colocação), que é de 0,334, aparece como médio-baixo entre os números dos municípios mato-grossenses.
No país, os piores desempenhos foram obtidos por cidades do Nordeste e do Norte. A região Centro-Oeste ficou numa espécie de “meio-termo”, sem despontar nem entre os mais nem entre os menos, enquanto o Sudeste e o Sul dividiram as melhores posições.
Para chegar a esses números, foram ponderados indicadores como os de mortalidade por homicídios, de mortalidade por acidentes de trânsito, de freqüência à escola e emprego, de pobreza e de desigualdade.
Um dos fatores que levou Várzea Grande a figurar com o pior índice de vulnerabilidade entre os municípios do Estado é o indicador de mortalidade por homicídios, superior ao da Capital. No todo, entretanto, a colocação de Várzea Grande corresponde com a análise geral dos municípios e suas estatísticas de criminalidade: a de que os jovens mais vulneráveis à criminalidade não se encontram nas capitais, embora esteja em cidades de regiões metropolitanas.
CONTRASTE – Para o secretário adjunto de assuntos estratégicos da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Alexandre Bustamante, o que existe entre os dados da pesquisa (que apontou a exposição à criminalidade como média em Mato Grosso) e a sensação popular de insegurança é o fato de que o Estado cresceu demograficamente e nem todos devem ter ainda se acostumado com o efeito colateral disso: o maior volume de criminalidade, o que o governo vem tentando controlar.
A isso, soma-se o fato de que, no Brasil inteiro, a maior parte da população atualmente é jovem, argumenta Bustamante, e naturalmente se expõe mais a riscos. Já sobre o fenômeno da criminalidade concentrada no município vizinho à Capital, o secretário admite que o assunto merece ainda ser estudado devidamente, dada a sua peculiaridade.
Comentários