Servidores do Judiciário continuam a paralisação
Em assembléia os servidores do Poder Judiciário recusaram pedido de trégua de 15 dias feito pela presidência do Tribunal de Justiça e decidiram manter a greve por tempo indeterminado. A decisão ocorreu ontem.
Os servidores estão parados desde o dia 16 de novembro. Conforme informações do sindicato da categoria, em Cuiabá e Várzea Grande a adesão foi de 100% e no interior 95% dos servidores estão parados.
Nos fóruns da Capital e de Várzea Grande funcionam apenas os gabinetes, onde estão lotados os funcionários que ocupam cargos de confiança. Os juízes realizam as audiências cujos mandados já tinham sido cumpridos antes da deflagração da greve.
Mas, na opinião do presidente do sindicato dos servidores do Poder Judiciário, Rosenval Rodrigues, até mesmo as audiências serão interrompidas no decorrer desta semana, já que os oficiais de Justiça não cumprem mandados de intimação desde que a greve foi deflagrada.
Durante a assembléia de ontem, alguns servidores chegaram a cogitar se o pedido de trégua feito pela presidência do Tribunal de Justiça ocorreu por conta da possível visita do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, que é aguardado na próxima sexta-feira no Fórum de Cuiabá, para a solenidade de instalação do Sistema Integrado de Mandado de Prisão, em parceria com a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública. O Tribunal de Justiça informou que pediu trégua devido à determinação do Conselho Nacional de Justiça, no sentido de suspender qualquer pagamento a servidores e magistrados. A determinação consta em carta enviada pelo CNJ à presidência do Tribunal de Justiça.
A informação é contestada pelo sindicato dos servidores. "Os servidores entendem que não há proibição do CNJ quanto a pagamento de direitos adquiridos, como férias, por exemplo. A proibição é para pagamentos de verbas indenizatórias a magistrados", esclareceu Rosenval.
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