Paquistão mata 18 em passagem estratégica para o Afeganistão
Qualquer impacto causado nos militantes na região de Khyber pode suavizar as preocupações em Washington, que cobra que o Paquistão expulse os militantes da fronteira para ajudar a derrotar a insurgência fundamentalista Taleban no Afeganistão.
Militantes têm tentado atacar os distribuidores, forçando os EUA e outros países com tropas no Afeganistão a encontrarem rotas alternativas.
Quase 80% do material para as tropas estrangeiras no Afeganistão passa pelo Paquistão, do combustível aos equipamentos pesados. A maioria cruza o passo Khyber, em uma região tribal na fronteira entre os dois países, onde estão localizados redutos da rede terrorista Al Qaeda e do Taleban.
"Conquistamos um de seus redutos e recuperamos um grande esconderijo de armas e munição. No combate, 18 militantes foram mortos enquanto seis foram detidos", disse o porta-voz da força paramilitar Frontier Corps, major Fazal-ur-Rehman.
A Guarda de Fronteiras é responsável pela ofensiva aérea e terrestre, que se segue a uma anterior de curta duração e menos intensidade. Essa força de segurança, que tem mais presença nas áreas tribais, é formada principalmente pashtus, ao contrário dos soldados regulares, majoritariamente punjabi e deslocada nessa região para operações de grande porte como a ofensiva contra o reduto taleban do Waziristão do Sul. Os talebans também são majoritariamente pashtus.
Tensões políticas no Paquistão podem desviar a atenção do governo de seu combate contra militantes, responsáveis por ataques recentes a bomba que mataram centenas de pessoas.
O governo do Paquistão publicou no sábado uma lista de pessoas, incluindo quatro ministros do governo, que podem enfrentar processo por corrupção após polêmicas anistias nesta semana.
O presidente, Asif Ali Zardari, também na lista, não pode ser processado devido à imunidade presidencial.
Com Reuters e Efe
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