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Sexta - 12 de Julho de 2013 às 21:17

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Após três anos atuando como líder do governo, o presidente em exercício da Assembleia Legislativa, Romoaldo Junior (PMDB), entregou, hoje, o cargo ao governador Silval Barbosa (PMDB). A justificativa é a falta de respaldo da Casa Civil na interlocução entre os dois poderes. A última sessão em que Romoaldo (foto) atuou como líder, teve que articular a votação de um novo empréstimo de R$ 120 milhões para Arena Pantanal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).


 
Conforme o deputado, a entrega da liderança foi feita em caráter irrevogável pela falta de articulação da Casa Civil. "O secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, não está dando respaldo aos deputados para aprovar estas matérias de interesse do governo. Eu conversei, pessoalmente, com cada um dos deputados e quero agradecê-los pelo apoio ao governo".


 
Para Romoaldo, falta interlocução com os poderes na atuação de Pedro Nadaf à frente da Casa Civil. "É impossível atuar como liderança sem o respaldo do governo. Nos três anos em que ocupei o cargo, eu tive o respaldo dos ex-chefes da Casa Civil, como Eder Moraes e José Lacerda, mas com o Nadaf não estamos tendo este apoio. Sou solidário ao governo, agradeço a confiança do governador, mas não consigo mais".


 
Entre as faltas da Casa Civil, Romoaldo acrescenta que há desentendimento no que concerne as emendas parlamentares. "Os deputados não sentem mais segurança na Casa Civil, porque o secretário vem aqui um dia e diz que as emendas vão ser liberadas, e não são. Faz compromissos que não cumpre, o que inviabiliza a articulação com os deputados e inviabiliza a liderança".


 
O deputado ressalta que espera que o governador encontre alguém a altura para atuar como líder do governo. Antes do recesso parlamentar, que foi iniciado após a sessão realizada ontem, o deputado conseguiu aprovação dos projetos de interesse do governo, mas ressalta que a Casa Civil deixou a desejar, no entendimento com os parlamentares.


 
Romoaldo elenca alguns projetos prioritários do governo que foram votados sob a sua liderança e articulação, como o MT Integrado, empréstimos para o governo, greve. "Entre outros incêndios que eu tive que apagar".


 
A gota d"água ocorreu nesta semana. "Esta semana, eu sofri muito desgaste e não tive o respaldo da Casa Civil. Foi muito trabalho ter que articular as votações como líder e ainda comandá-las como presidente da Assembleia".


 
Presidente em exercício da Assembleia Legislativa devido ao afastamento do deputado José Riva (PSD), Romoaldo observa que deixará o cargo, quando Riva reverter a situação perante à Justiça, e que voltará a focar em sua atuação como parlamentar apenas.


 
Entre os nomes que podem substituí-lo como liderança, constam a deputada estadual e ex-secretária de Turismo, Teté Bezerra (PMDB), Baiano Filho (PMDB), Alexandre César (PT) e J. Barreto (PR).


 
O secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, se limitou a dizer que "admira o deputado Romoaldo, bem como o excelente trabalho que presta à frente da liderança do governo, e que sempre teve boa relação com o mesmo, mas a entrega da liderança é feita ao governador".





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