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Saúde
Terça - 24 de Novembro de 2009 às 10:57

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Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Programa Conjunto da ONU para HIV/Aids (Unaids) apontam que o número de novos infectados pela doença reduziu 17% desde 2001.

Segundo o relatório, divulgado nesta terça-feira (24), todas as regiões do mundo progrediram quanto à estabilidade (ou queda) deste índice.

A África Subsaariana, que concentra 60% dos infectados no mundo, registra uma queda de 15% em novas transmissões --o que significa, aproximadamente, 400 mil pessoas a menos.

Na Ásia Oriental --região na qual se esperava uma explosão da doença-- houve queda de 25% nas contaminações, enquanto o Sudoeste Asiático registrou declínio de 10%. A região com os piores índices é a Europa Oriental, onde a epidemia se "estabilizou" devido ao uso de drogas injetáveis e ao compartilhamento de seringas.

"A boa notícia é que temos evidencias de que as quedas que estamos vendo se devem, ao menos por parte, à prevenção". disse o diretor do Unaids, Michel Sidibé. "Entretanto, as descobertas mostram que, às vezes, os programas de prevenção não resultam em nada, e que se melhorarmos a obtenção de recursos para que os programas atuem onde há mais impacto, haverá um progresso maior e se salvarão mais vidas."

No mundo, cerca de 33,4 milhões de pessoas em todo o mundo estão infectadas com o vírus da Aids. Embora este número signifique um crescimento se comparado às 33 milhões de pessoas infectadas em 2007, um maior número de pessoas está vivendo mais tempo com a doença, por conta da disponibilidade de medicamentos para o tratamento do HIV.

Entre 2007 e 2008, a proporção de pessoas com acesso a tratamento passou de 7% a 42%. Calcula-se que o número de infectados neste período tenha sido 2,7 milhões, e de mortos, menos de 2 milhões.

"O número de mortes relacionadas à Aids caiu em mais de 10% nos últimos cinco anos ao passo que mais pessoas ganham acesso a medicamentos que salvam a vida", informa o relatório, cuja elaboração ocorreu a partir de dados compilados em 2008.

América Latina

O número de pessoas vivendo com HIV na América Latina é 2 milhões, de acordo com o relatório --um crescimento de 25% em relação a 2001, quando o número de contaminados era 1,6 milhão.

Outros números que aumentaram foram a taxa de crianças infectadas (de 6.200 para 6.900, no intervalo de oito anos apontado pela OMS) e de mortes em decorrência da doença (de 66 mil para 77 mil, no mesmo período de tempo).

Os dados epidemiológicos, segundo informa o documento, indicam uma estabilização da infecção por HIV na região.

O relatório tece um elogio à América Latina --com enfoque especial no Brasil-- sobre as políticas de prevenção do HIV, sobre as quais "análises sugerem que ajudou a mitigar a epidemia no país". Na região como um todo, entretanto, o controle epidêmico é "altamente variável".

Uma grande fatia das infecções na América Latina é atribuída aos homens que fazem sexo com homens. De acordo com o relatório, pessoas com este padrão de comportamento têm uma em três chances de contaminação --no Peru, país cujo índice é maior, a contaminação chega a 54,97%.





Fonte: Folha Online

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