Carne Bovina: Exportações de MT crescem 10%

As exportações da carne bovina de Mato Grosso em outubro aumentaram 10,3% em outubro em relação ao mês anterior. O percentual se refere à quantidade do produto embarcado ao mercado externo, que passou de 15,772 mil toneladas em setembro para 17,406 no mês passado. Em volume financeiro também houve incremento. As vendas resultaram em um faturamento 7,5% maior. Em outubro foram exportados US$ 45,802 milhões contra US$ 42,574 milhões em setembro. Ao longo do ano, o Estado vem registrando recuperação nas vendas desse produto, sendo que em junho foram registrados os números mais elevados, US$ 46,218 milhões faturados e 18,895 mil toneladas embarcadas.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (24), pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária. Conforme o balanço, o maior mercado importador da carne estadual no mês passado foi a Rússia, que sozinha comprou 37,6% da quantidade exportada, totalizando 6,560 mil toneladas. Em valor monetário, a compra dos russos abocanhou 33,3% do volume faturado, totalizando US$ 15,293 milhões. Em segundo lugar aparece o Oriente Médio, que comprou 3,393 mil toneladas, que renderam a Mato Grosso vendas no valor de US$ 9,995 milhões.

Os números são positivos, e na opinião do superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, se o mercado continuar neste ritmo será possível recuperar as exportações locais, com boas projeções para 2010. Ele diz que não dará para chegar aos patamares de 2007 (antes do embargo da União Europeia e da Rússia), já que isso depende das auditorias que autorizam as fazendas a exportar carne bovina in natura à UE. "Mas se as vendas externas permanecerem assim, os pecuaristas podem traçar um cenário positivo, já que a crise passou e as exportações estão aumentando".

Vacari lembra que a recuperação das vendas é motivado pela participação das carnes de segunda (parte dianteira), bastante demandadas no segundo semestre deste ano. Já os embarques de cortes traseiros (nobres) recuaram. Como consequência desse movimento, preços de carnes de segunda aumentaram e de primeira reduziram. "É uma pena que o barateamento de carne de primeira não reflita em maior consumo em Mato Grosso. Por mais que os preços estejam baixos, os mato-grossenses estão mantendo o nível de consumo".

O superintendente analisa que a demanda por carne produzida no Estado deve se manter no ano que vem, tanto de primeira quanto de segunda, e que isso deve acarretar em um certo equilíbrio na renda dos pecuaristas, caso contrário, haverá prejuízo.