Carne de 2ª aquece exportação de MT
Mais de 70% da carne exportada tem como destino quatro países que tradicionalmente comprar carne do dianteiro do boi.
O anúncio feito pela SECEX (Secretaria e Comercio Exterior) de que as exportações de carne bovina mato-grossense se recuperaram neste 2° semestre de 2009, está ligado ao aumento das vendas da parte dianteira do boi, considerada carne de segunda. “Os países consumidores da parte dianteira do boi são os grandes responsáveis pelo aumento das exportações. Isso refletiu nos preços, onde preço do dianteiro foi o único a apresentar variação positiva no acumulado deste ano, pois a carne de primeira, que estão na parte traseira do boi, registrou queda. Isso demonstra que estamos exportando menos para a Europa e mais para Rússia e Venezuela”, analisou o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat, Luciano Vacari.
Segundo levantamento do Imea – Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária – os países que tradicionalmente compram carne do dianteiro representam mais de 70% do volume total exportado por Mato Grosso. Entre eles estão a Rússia que importou de janeiro a outubro desde ano, 58,8 mil toneladas / equivalente carcaça, a Venezuela 17,8 mil de ton/eq. Carcaça, a China, comprou 13,7 mil de ton/eq. Carcaça, o Oriente Médio, com 23,4 mil de ton/eq. Carcaça. Esses quatro países somam 73,21% das 155,3 mil de ton/eq. Carcaça vendidos para o mercado externo até o mês de outubro deste ano.
Por outro lado, a união Européia, que tradicionalmente compra o traseiro, com cortes mais nobres, importou 8,5 mil de ton/eq. Carcaça, pouco mais de 5% do volume exportado nos 10 meses desde ano. Mato Grosso exportou de janeiro a outubro de 2009 para 69 países. O volume de exportação, que vinha se mantendo na casa dos 15 mil de ton/eq. carcaça nos últimos três meses, teve alta de 9,38% (1,63 mil de ton/eq. carcaça) de setembro para outubro, embarcando 17,41 mil de ton/eq. carcaça.
Com um mercado externo receptivo para a carne de segunda, no mês de maio deste ano foi observada a menor diferença de preços entre o traseiro e dianteiro (R$ 0,80/kg) desde fevereiro de 2003. Esta diferença é justificada principalmente pela desvalorização do preço do traseiro ocorrido no mesmo período. Segundo o Imea, neste mês de novembro o preço do traseiro está cotado em R$ 5,93/kg e o preço do dianteiro em R$ 3,60/kg, obtendo uma diferença de R$ 2,33/kg.
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