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Cidades/Geral
Terça - 24 de Novembro de 2009 às 02:19
Por: Fernando Duarte

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Promotores afirmam que instituição mostrou não ter capacidade

Promotores do Ministério Público do Estado afirmam que a Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) não tem capacidade para a realização do maior concurso público do Brasil e pedem a substituição da instituição. Para Alexandre Guedes (Cidadania) e Gilberto Gomes (Patrimônio Público) as reclamações apresentadas vão muito além da falta de logística, argumento defendido pelo reitor Taisir Karim. O MPE também irá exigir a fragmentação dos dias de aplicação da prova.

"Não era só problema de logística, mas também problemas na distribuição e até na elaboração das questões", disse Guedes.

Foram verificados no domingo (22) a falta de acomodações para os candidatos que concorriam às vagas de delegados de Polícia, a inversão para a aplicação do certame (inscritos no período matutino com prova do vespertino) e ausência de lacre nos envelopes das provas. "A Unemat demonstrou que não estava preparada para o concurso", complementou o promotor Gilberto Gomes.

O promotor da Cidadania, Defesa Comunitária e do Consumidor, Alexandre Guedes, defende que o concurso seja feito o mais rápido possível, entretanto, sem o tumulto ocorrido no dia das provas. "Não tem chance de sucesso um concurso acontecendo no mesmo dia com todos esses candidatos".

O Ministério Público Estadual exige que o concurso ocorra em mais dias. "Insistir (no concurso ocorrer em apenas uma data) não é correto", destacou Guedes.

Em Cuiabá e Várzea Grande, a estimativa foi de que mais de 151,6 mil pessoas prestaram o certame.

O procurador de Justiça Paulo Prado também defende a saída da Unemat como instituição responsável pela realização do certame. Para ele, assim como disse Gilberto Gomes, está demonstrado a que a universidade estadual não tem capacidade para realizar o concurso. "A saída vai preservar a Unemat. Está comprovado que ela está abalada emocionalmente com o caso".

Tanto o procurador de Justiça quanto os promotores querem separar a situação civil de uma possível ação criminal. Se por um lado os promotores estão averiguando os boletins de ocorrência (neste último domingo houve aumento de 31%) com as queixas dos inscritos, por outro lado, policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) estão investigando a possibilidade de ter ocorrido fraude, má fé ou dolo.

O Ministério Público Estadual, entretanto, não entrará com uma ação para que Estado reembolse o candidato prejudicado, geralmente de outra cidade ou região, que teve gastos com a não prestação das provas. O possível reembolso deve partir do inscrito que se sentiu lesado.

Serviço - Os pagantes que desistirem de prestar o concurso poderão solicitar o dinheiro de volta da inscrição ao protocolar um requerimento na Secretaria de Administração (SAD). Além de comprovar o pagamento.

Outro lado - A assessoria de Comunicação da Secretaria de Administração do Estado (SAD) comunicou que a Unemat será mantida como a empresa realizadora do concurso. Os motivos são, primeiramente, por ser uma instituição de Mato Grosso e também porque a entrada de uma nova empresa para a prestação do serviço atrasaria a realização do certame. A assessoria lembrou que é dada uma espécie de "segunda chance" para a universidade mato-grossense e que os erros serão analisados e corrigidos pelo reitor Taisir e o secretário Geraldo de Vitto. A decisão para a nova data do concurso será apresentada amanhã.





Fonte: A Gazeta

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