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Servidores da Unemat cobram revisão do PCCS e entram em greve
A partir da próxima segunda-feira (15) as atividades na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) estarão prejudicadas em decorrência da greve dos servidores públicos da instituição. O movimento decidiu entrar em greve por tempo indeterminado depois que as negociações com o governo do estado não avançaram no sentido de revisar o Plano de Cargos e Carreiras e nem de dar posse aos aprovados no concurso público realizado em 2011.
Na tarde desta quinta-feira (11) o Sintesmat (Sindicato dos Servidores Técnicos Administrativos) juntamente com o reitor da Unemat, Adriano Silva, estiveram reunidos com o secretário de Administração do Estado Francisco Faiad, que demonstrou desinteresse em fazer avançar as propostas da categoria que estão protocoladas na SAD desde outubro do ano passado.
"Novamente o secretário disse que vai encaminhar para o CONDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico Social do Estado) e quer revisar as questões salariais já aprovadas pela gestão da Unemat e pela própria equipe da SAD. Nós estamos discutindo com o governo desde o ano passado, e só agora ele quer fazer retroceder as negociações o que demonstra a insensibilidade do governo estadual com os servidores técnicos administrativos da Unemat", afirma o presidente do Sintesmat, Luiz Wanderlei.
Com a greve dos servidores da Unemat, o início do segundo semestre letivo, previsto para agosto deste ano pode ficar comprometido, além disso, a divulgação do vestibular prevista para a próxima semana, bem como as matrículas dos 2.110 aprovados no concurso vestibular também serão comprometidas, bem como a finalização do semestre letivo.
A categoria aprovou o indicativo de greve em todos os campi da Unemat ,que atualmente são 11 campi e deve afetar cerca de 16 mil acadêmicos dos cursos de graduação e pós-graduação. Os técnicos da Unemat pedem a revisão do Plano de Carreira visando a flexibilização para se chegar ao topo de carreira, e ainda uma reposição das perdas salariais dos últimos anos. Além disso, a nomeação imediata dos aprovados em concurso público realizado em 2011 para o preenchimento das 199 vagas oferecidas, e que até o momento não tiveram a nomeação publicada pelo governo.
"Para se ter uma ideia, as grandes universidades possuem um servidor técnico para cada professor, na Unemat a realidade é completamente distinta, são cerca de três professores para cada técnico, com isso, há uma sobrecarga de trabalho e acúmulo de funções que não são reconhecidas pelo governo estadual", diz o presidente do Sintesmat.
As propostas dos servidores administrativos da Unemat já foram aprovadas internamente pela Unemat nos seus conselhos, e o próprio reitor Adriano Silva, tem se colocado favorável as reivindicações dos servidores, afirmando que a instituição tem sim orçamento para valorizar a carreira dos técnicos. "Que autonomia é essa que a Unemat conquistou, se ela não pode usar o orçamento que é dela para valorizar os seus servidores?", questiona Luiz Wanderlei.
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