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Nacional
Segunda - 23 de Novembro de 2009 às 09:03

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O Exército das Filipinas informou nesta segunda-feira que 21 pessoas de um grupo de políticos e jornalistas tomados como reféns no sul das Filipinas foram encontradas mortas. Os assassinatos foram atribuídos à rivalidade política na região.

O porta-voz do Exército, coronel Romen Brawner, afirmou que as vítimas incluem 13 mulheres e oito homens. Segundo Brawner, eles foram encontrados em uma vila remota no sul da cidade de Ampatuan, onde o grupo foi sequestrado enquanto viajava em comboio em três vans.

A identidade dos homens armados não está clara, mas os familiares das vítimas acusam rivais políticos.

Mais cedo, Brawner, anunciou que cerca de cem homens armados ligados a um poderoso político local haviam tomado como reféns 30 pessoas, incluindo alguns rivais e 20 jornalistas.

"Nós acreditamos que mais corpos estão enterrados", disse Brawner. "Infelizmente o assassinato ocorreu antes que chegássemos ao local".

Segundo a agência de notícias France Presse, entre os reféns estaria a mulher de Esmael Mangundadatu, um prefeito da Província de Maguindanao, seus auxiliares e alguns partidários.

Os jornalistas acompanhavam Mangundadatu, que apresentaria a candidatura ao cargo de governador da Província de Maguindanao, de população majoritariamente muçulmana, nas eleições de maio de 2010.

O sequestro poderia assim estar ligado às rivalidades entre o clã do governador atual e o de Mangundadatu.

O sul de Mindanao é uma das regiões mais perigosas da Ásia pela proliferação de assassinatos encomendados e sequestros realizados por organizações terroristas e grupos criminosos pagos por prefeitos e governadores. A expectativa é de que a violência aumente com a chegada das eleições.

O processo para as eleições de maio de 2010 começou na semana passada com o registro de cerca de 18 mil postos locais e nacionais para serem votados.

A campanha eleitoral começará em fevereiro para os candidatos a Presidência, vice-Presidência e 12 cadeiras na câmara alta do Congresso. Para as posições locais e quase 300 cadeiras da câmara baixa do Congresso, a campanha começa no final de março. A votação será no dia 10 de maio.

As eleições nas Filipinas são marcadas pela violência, especialmente no sul do país, onde as forças de segurança enfrentam rebeldes comunistas, radicais islâmicos e rivalidades de clãs.

Com agências internacionais





Fonte: Folha Online

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