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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Segunda - 23 de Novembro de 2009 às 08:13

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O promotor de Justiça Samuel Frungilo, responsável pelo pedido à Justiça que resultou em busca e apreensão de computadores e vários documentos na casa de ao menos três pessoas em Cáceres, no sábado, na véspera da realização do concurso público do Estado que acabou cancelado, passou o final de semana reunido com sua assessoria na análise do material apreendido. Nesta segunda (23) deve requerer perícia nos equipamentos. É o que revela, em entrevista para o RDNews, o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público Estadual, procurador de Justiça Paulo Prado. Ele observa que, por enquanto, as informações acerca dos dados apurados na operação são sigilosas.

Governador tomou a decisão correta de anular o concurso, pois houve rompimento da igualdade, isonomia e sigilo e denúncias de fraudes

Prado afirma que houve denúncia formal sobre suposto esquema de fraudes no concurso, sob responsabilidade da Unemat, com sede em Cáceres. A pessoa que fez acusação terá a identidade preservada, pois teme represália. A partir daí, o promotor entrou em ação. Ele obteve respaldo da Justiça para o trabalho do MPE de busca e apreensão, com auxílio das polícias Civil e Militar. A residência da professora Geysa Atala Curvo foi um dos locais onde foram recolhidos computadores e documentos. Ela é coordenadora de Concursos e Vestibulares da Unemat (Covest//Unemat). Em ao menos mais duas casas também houve apreensão.

De acordo com o chefe do Gaeco, o governador Blairo Maggi tomou a decisão correta de determinar a anulação do concurso que contou com 274 mil inscritos para as 10.086 vagas de servidores do Estado, diante de indícios de irregularidades. Segundo Prado, o fato de ter "vazado" prova antes do horário é forte indício de que alguém agiu de má fé.

Destaca que durante todo o domingo o Ministério Público recebeu telefonema de candidatos inscritos, reclamando da desorganização total, da confusão e do acesso, por parte de alguns, às provas antes de serem aplicadas. "Há indícios de que houve rompimento da igualdade, isonomia e sigilo e denúncias de indícios de fraudes. Então, o governador tomou a decisão correta", observa o ex-procurador-geral de Justiça do Estado por dois mandatos. Paulo Prado assegura que somente nesta segunda, após conclusão das análises documentais do promotor cacerense, é que terá mais informações. (Romilson Dourado)





Fonte: RD News

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