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Nacional
Sábado - 21 de Novembro de 2009 às 00:14

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Os policiais civis de Goiás encerraram nesta sexta-feira a greve que durou 47 dias e atingiu todas as delegacias do Estado. A direção da Polícia Civil acredita que serão necessários dois meses para que a rotina volte ao normal, já que há muita demanda acumulada. Essa é a terceira e mais longa greve dos policias goianos em 2009. As outras ocorreram em março e julho deste ano.

Os grevistas reivindicavam um plano de carreira para a categoria e um reajuste no contracheque de 34%, além de um teto salarial de R$ 9.720, o mesmo valor da remuneração de um major da Polícia Militar de Goiás. A contrapartida do governo, aceita na assembleia geral de hoje, foi de um teto de R$ 5.144 e um aumento parcelado em duas vezes ¿ a primeira parcela em janeiro e a segunda em julho de 2010. Já o piso permanece em R$ 2.711.

O governo não equiparou os tetos salariais dos policiais civis com o de major da PM - que é a patente máxima a qual um soldado pode alcança. O governo havia proposto no dia seis de outubro um reajuste parcelado em dez vezes, sendo que a última parcela seria dada só em 2012. Na época, informou que era a última oferta. Entretanto, nesta semana, o parcelamento foi modificado como forma de convencer os policiais a voltarem ao trabalho.

Os grevistas também estavam sendo pressionados pela Justiça Estadual, que no começo do mês havia considerado a paralisação ilegal. Com a decisão, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) anunciou o corte do ponto dos policiais que não fossem trabalhar. Para que isso não ocorra, haverá plantões extras para repor as horas perdidas desde a manifestação judicial.

Haverá também mutirões nas delegacias para adiantar os inquéritos que estava parados há mais de um mês. Só na Delegacia de Furtos e Roubo de Veículos, por exemplo, cerca de 150 veículos roubados que foram recuperados pela Polícia Militar lotam o pátio, aguardando a conclusão da parte burocrática na polícia civil para voltarem a seus donos. Isso não aconteceu por causa da greve.

Durante a paralisão, apenas as prisões e os crimes em flagrantes eram registradas, além dos crimes de maior repercussão. Entretanto, a população não conseguia fazer os boletins de ocorrência.




Fonte: Terra

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