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Sexta - 20 de Novembro de 2009 às 14:02
Por: Sílvia Devaux

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O Estado de Mato Grosso deu nesta quinta-feira (19.11) mais um importante passo ao desenvolvimento, com o lançamento da pedra fundamental da Embrapa Mato Grosso no município de Sinop (500Km ao Norte de Cuiabá). O governador Blairo Maggi destacou a necessidade do Centro de Pesquisas Agropecuárias, principalmente depois de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar o crescimento do Estado de 111,5% nos últimos 12 anos.

Segundo Maggi, há dez, 20 anos, já se observava “que só seria possível o Estado desenvolver, crescer, com a presença desta respeitada instituição”, para o melhoramento da pesquisa e produtividade de Mato Grosso. O governador falou ainda da verticalização da economia estadual, lembrando que a implantação do centro representa um momento de transformação, “da passagem da agropecuária para a industrialização”.

A Embrapa Mato Grosso terá como principal foco de pesquisa os sistemas integrados, na produção de culturas de florestas e animal. Ainda, questões como a sustentabilidade ambiental, social e econômica da produção agropecuária da região; a dinâmica de matéria orgânica e sequestro de carbono, que serão profundamente estudados como forma de garantir a competitividade no cenário nacional e internacional.

O chefe geral da Embrapa Mato Grosso, João Flávio Veloso, acrescentou ainda que pesquisas com as cadeias competitivas de grãos, como soja, milho, arroz, feijão e sorgo, fibras, a pecuária tanto a bovinocultura de corte como a leiteira, suinocultura, piscicultura, apicultura e fruticultura, além do cultivo de peças arbóreas serão priorizadas na unidade. Ele revelou que estão previstos também a instalação de outros campos experimentais e laboratórios em outros pontos estratégicos do Estado.

A importância agrícola que o Estado de Mato Grosso tem dentro do país, argumentou o diretor-presidente da Embrapa Pedro Arraes, vai fazer com que o Centro de Pesquisas da região tenha uma transversalidade muito grande com outros Estados. “Não vai ser só este centro, as outras 41 unidades da Embrapa estarão presentes aqui. Tamanho é o desafio deste Estado”, disse Arraes, já prometendo gerar tecnologia para os diversos segmentos da economia regional e se inserir dentro desse contexto, de médio, grande e pequeno produtor.

A instalação do primeiro centro da Embrapa do Estado faz parte do Programa de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa (PAC Embrapa), lançado em 2008 pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. A unidade será construída numa área de 612 hectares localizada no Km 8 da MT-222, próxima ao centro da cidade e a três quilômetros do aeroporto da cidade, num terreno doado pela Prefeitura de Sinop.

Cerca de R$ 15 milhões de reais serão investidos na obra. O prefeito do município, Juarez Costa, comemora os investimentos e a geração de mais de cem postos de trabalho diretos e os indiretos. “Com este Centro de Pesquisas iremos maximizar o potencial da natureza, aliadas a tecnologias inovadoras e muito trabalho”, discursou o prefeito ao complementar que com um trabalho de pesquisa desenvolvido pela Embrapa será possível investir em novas culturas, reduzir custos e melhorar a qualidade dos produtos dentro de um modelo de sustentabilidade.

Para o vice-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, o Governo atinge mais uma meta com a implantação de um centro da Embrapa no Estado, que representa “a inserção de novas tecnologias, o fortalecimento da economia do Estado de Mato Grosso e crescimento da nossa economia com sustentabilidade”, analisou.

PESQUISA E ENSINO

A implantação da unidade no Estado também traz novos caminhos à pesquisa nas instituições de ensino de Sinop e região. Na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) campus de Sinop, a garantia da ampliação da pesquisa e tecnologia “cria uma nova perspectiva ao aluno, que começa a vislumbrar um novo campo ao mercado de trabalho, além do estágio”, ressaltou o supervisor de Pós-graduação e Pesquisa da UFMT/Sinop, Adilson Paulo Sinhorin.

O pró-reitor do campus, engenheiro florestal Marco Antonio de Araujo Pinto, acredita que o centro de pesquisas vem completar o trabalho da universidade e também fortalecer o quadro docente “com a vinda de um corpo técnico especializado para o Estado”. Para a UFMT é o complemento do ensino, pesquisa e extensão, dos preceitos desenvolvidos pela instituição que prevê a possibilidade de implantar no próximo ano o curso de mestrado em Ciências Agrárias, voltado à parte animal e vegetal, que ganha reforço com o funcionamento de um Centro de Pesquisas Agropecuárias no Estado.

“A Embrapa em Mato Grosso é fundamental, principalmente pelo desenvolvimento sustentável. Nós produtores temos alta capacidade, mas também temos a preocupação em ter grandes tecnologias para produzir em menor área e com o menor custo possível no aumento da produtividade, fazendo a conversão da produção primária”, disse o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira.

RESERVA NATURAL

Antes do lançamento da pedra fundamental algumas das autoridades presentes, como Maggi, Silval e Arraes, plantaram as primeiras mudas de árvores no terreno da Embrapa MT, que será parte utilizada pelo Centro de Pesquisas Agropecuárias de Mato Grosso outra, destinada à reserva natural. Em seguida, depositaram pertences, cartas, documentos, jornais, entre diversos objetos em urna que será enterrada na área e aberta daqui a 20 anos.

PRESENÇAS

Participaram do ato, também a secretária de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social e primeira-dama do Estado Terezinha Maggi, secretário estadual de Esportes e Lazer, Baiano Filho, presidente da Empaer Leôncio Pinheiro, senadora Serys Slhessarenko, deputados federais e estaduais, autoridades municipais, socidade civil, produtores rurais e a população regional.





Fonte: Redação/Secom-MT

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