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Polícia Brasil
Sexta - 20 de Novembro de 2009 às 10:36
Por: Fernando Duarte

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Nove casas de prostituição foram fechadas em uma operação para combater o tráfico de drogas na região central de Cuiabá. O motivo da ação, além da verificação dos entorpecentes e de desbaratar a prostituição, era atestar as condições sanitárias dos locais e a posse do alvará de funcionamento. Essa é a primeira operação dessa abrangência no ano.

Os estabelecimentos apresentavam a prática de desvio de atividades, tinham uma autorização para trabalhar que apontava uma função, mas praticavam outra. Um prostíbulo na rua Engenheiro Ricardo Franco mostrava no alvará que era lanchonete e "casa de chá". O Bar Estrela, na mesma rua, permitia o tráfico de pasta-base e alugava quartos para os clientes. De acordo com o gerente da Vigilância Sanitária, Alcino Ferreira de Nascimento, nenhum dos locais verificados na tarde de ontem tinham condições de salubridade e higiene para funcionar.

Um casal foi flagrado mantendo relações sexuais no momento da ação policial. Cena semelhante foi presenciada pelos policiais em um prostíbulo na avenida Coronel Escolástico, próximo ao morro da luz. Os casais foram detidos e levados ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) no bairro Verdão.

Angela da Silva, 28, mãe de 3 filhos, era empregada doméstica há 6 meses. Por não estar satisfeita com os R$ 600 que recebia, entrou na prostituição. Angela tentou esconder na boca 13 papelotes de pasta-base que seriam comercializados por R$ 50, mas foi presa em flagrante. Além disso, foram apreendidos, segundo ela, R$ 140 que ela obteve em somente um dia de prostituição na rua Engenheiro Ricardo Franco. Angela mora na região do Cristo Rei, na vizinha Várzea Grande, e pedia insistentemente que o dinheiro conseguido pela prostituição fosse entregue à mãe dela.

A gerente do Bar Estrela (onde Angela foi presa), Andréia Maria da Silva, confirmou a existência de apenas um quarto no estabelecimento, que foi lacrado por falta de alvará. Entretanto, um casal que estava no local no momento da batida policial admitiu que Andréia cobrava R$ 10 por 40 minutos de uso. Juntando as 2 casas que Andréia gerenciava, haviam 6 quartos compostos por colchões velhos, lençóis rasgados, ventilador de teto e banheiro. Até carne foi encontrada sendo assada em uma churrasqueira.

Entretanto, a ação não teve grandes apreensões. Apenas 13 papelotes de pasta-base foram apreendidos.





Fonte: A Gazeta

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