Milho: Problemas ainda cercam cultura
O primeiro seria encontrar um local apropriado para receber o milho, o segundo, a logística de realocação, que levaria de três a quatro meses - tempo maior do que a chegada da nova safra de soja - e, o terceiro, a falta de dinheiro da Pasta, que extrapolou seu orçamento este ano em função da necessidade de intervenções no mercado por conta da queda generalizada dos preços agrícolas.
"Se arrumarem dinheiro, a Companhia Nacional de Abastecimento vai e faz leilão", afirmou Farnese. De acordo com ele, os demais problemas são de menor intensidade, já que parte da carga poderia ser destinada ao sul do estado ou para Uberlândia, Minas Gerais, por exemplo.
Na semana passada, o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), disse que buscaria recursos extras do orçamento diretamente nos Ministérios da Casa Civil e do Planejamento para atender à demanda de produtores de milho e soja de seu Estado. Na ocasião, a comitiva formada por sojicultores e parlamentares, contou com o reforço do governador, para pedir ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que o governo providencie a remoção de 500 mil toneladas de milho do Estado.
Além disso, o grupo solicitou a realização de mais um leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) no volume de 500 mil toneladas ainda este ano, das quais 300 mil toneladas em caráter emergencial. Na reunião, segundo participantes, Stephanes teria informado que não dispõe mais de recursos para realizar as operações.
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