Servidores param Fórum de Cuiabá e interior de MT
No primeiro dia de greve dos servidores do Poder Judiciário, centenas de trabalhadores fizeram manifestação no Fórum de Cuiabá, que teve adesão de 100%, conforme o presidente do sindicato da categoria, Rosenval Rodrigues. De acordo com ele, a adesão no interior chegou a 95%. A greve terá duração de uma semana. Após esse período, nova assembléia será realizada para decidir se o movimento será permanente.
Dentre as reivindicações a classe exige que o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Mariano Travassos, cumpra a lei que instituiu o Sistema de Desenvolvimento de Carreiras e Remuneração, o SDCR, que prevê progressão de nível de carreira.
Ronsenval destacou ainda que o TJ não remunera os plantões de final de semana, adotando o sistema de compensação de folgas, o que contraria decisão do próprio Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Outra reivindicação diz respeito ao pagamento da diferença salarial (passivo) referente às perdas ocasionadas pela conversão da Unidade Real de Valor (URV), no período que antecedeu a implantação do Plano Real. Em sessão realizada pelo Pleno no dia 15 de outubro, 20 desembargadores votaram favoráveis ao pagamento, contra três contrários. Apesar do julgamento da matéria não ter sido concluído pelo pedido de vistas do desembargador Rubens de Oliveira, os servidores entendem que trata-se de direito reconhecido pelo Pleno.
O presidente do sindicato informou ainda que protocolou na presidência do TJ um comunicado sobre a greve. "Mas não tem diálogo com a atual gestão do Tribunal de Justiça. Ele (o presidente Mariano Travassos) nunca sentou com a gente para dialogar".
Outro lado - A assessoria de imprensa informou que o presidente do TJ não reconhece a mobilização como greve, com pauta de reivindicações passíveis de negociação. Conforme a assessoria, as questões levantadas pelo sindicato estão pendentes de decisão no CNJ. O TJ também contestou os números do sindicato, e classificou a paralisação como ausências pontuais.
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