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Agronegócios
Segunda - 16 de Novembro de 2009 às 13:05

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Um evento excepcional com informações preciosas que vão levar o Estado de Mato Grosso a consolidar a posição de maior produtor de algodão do Brasil. A avaliação do presidente da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa), Gilson Ferrúcio Pinesso, no encerramento do II Workshop do Algodão Adensado, nesta sexta-feira (13), não poderia ser diferente. Afinal, os cotonicultores, pesquisadores e empresários de Mato Grosso e de outros Estados que participaram dos dois dias do evento, em Cuiabá, saíram com algumas respostas básicas para as principais inquietações do setor em relação ao uso da nova tecnologia de produção.

A técnica não representa uma inovação na prática – existe no Brasil há mais de 20 anos – mas, em 2009, apresentou resultados interessantes do ponto de vista de recuperação de renda da cotonicultura. Foi o que apontou o Centro de Estudos Aplicados de Economia Agrícola (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), Lucílio Alves, na mesa redonda sobre o Balanço Econômico do Sistema de Produção do Algodão Adensado e Convencional. Os estudos apontam uma queda no custo médio operacional de 23% e uma redução no custo total de 20% em média, na Safra 2008/2009, mais precisamente, no plantio do algodão adensado no mês de fevereiro e colheita nos meses de julho e agosto deste ano. “O índice de 20% a menos no custo total não é desprezível porque significa um aumento de área na mesma proporção”, destacou o pesquisador. Constatações – Muitas ponderações marcam a análise dos pesquisadores do ponto de vista técnico e econômico, ambos têm que ser viáveis, caso contrário, qualquer o novo sistema não emplaca. Entre as observações está o fato de que o adensamento do espaço entre as linhas gera uma redução de insumos, porém, o Cepea constatou que a queda não é linear. “É preciso analisar até que ponto a redução de custos com insumos não vai pesar na produtividade e no controle de pragas e insetos na região”, explicou Lucínio Alves.

A conclusão das primeiras pesquisas com o novo sistema provoca cautela. O rendimento de pluma é de 34% no sistema adensado. E ressalta; se houver um ponto a mais no rendimento de pluma de 34% para 35%, a renda do produtor pode aumentar 4,5%. O mais indicado é dividir os riscos entre o sistema convencional de plantio, uma primeira safra e o sistema adensado, passando assim a ter uma receita extra. Antes, porém, ter que ajustar colheita e beneficiamento da fibra”, resumiu.

Área de estudos - O Cepea teve como base a produção de forma adensada em cinco microregiões do Estado: Sapezal, Campo Novo do Parecis, Sorriso/Lucas do Rio Verde, Primavera do Leste e Campo Verde. Mais duas fazendas, uma em Rondonópolis, com 100 hectares de algodão adensado e outra em Pedra Preta, com mais 600 hectares neste sistema. Uma área possível graças ao empenho de alguns produtores mato-grossenses que aceitaram o desafio e plantaram o algodão com espaçamentos menores, 45 centímetros, em relação ao espaçamento utilizado no plantio do algodão tradicional, de 76 a 90 centímetros.





Fonte: Assessoria de Imprensa da Ampa

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