MT registra o primeiro foco de ferrugem asiática na safra 2009/2010
O aparecimento da doença ocorreu no município de Campo Verde
Mato Grosso registrou nesta sexta-feira (13.11) o primeiro foco de ferrugem asiática da safra de soja 2009/2010. A doença foi constatada em zona urbana e não comercial no município de Campo Verde. A informação consta no Sistema de Alerta Antiferrugem disponível no site da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja/MT). A ferrugem apareceu mais cedo este ano no estado. No ano passado, o primeiro caso havia sido confirmado no início de dezembro em uma Unidade de Alerta do município de Canarana, região Leste.
O coordenador do Projeto Antiferrugem na região Sul Clóvis Albuquerque informou que imediatamente após a coleta da amostra, foi feita uma varredura na área. “Estão sendo tomadas medidas de controle para erradicar o foco, como gradear o solo no local e tratamento químico com herbicida dessecante, que são procedimentos indicados pelo fato da amostra ter sido encontrada em área não comercial”.
O presidente da Aprosoja/MT Glauber Silveira alerta que é hora de redobrar a atenção no monitoramento da lavoura. “A efetividade do controle da ferrugem se dá por meio da intensificação do monitoramento, aliado as recomendações técnicas de aplicações de fungicidas. Por isto é necessário estar muito atento”.
O Sistema de Alerta é uma das ferramentas do projeto Antiferrugem da Aprosoja/MT que está na terceira edição. A novidade neste ano é que os supervisores de campo da Aprosoja/MT e coordenadores do projeto também estão capacitados para diagnosticar outras doenças que ocorrem nas lavouras de soja, como por exemplo, antracnose, mancha-alvo, mela, entre outras. Os produtores podem levar amostras de soja para ser analisadas nos mini-laboratórios localizados nos 18 municípios onde a associação possui núcleo.
Na safra 2008/2009 foram analisadas 3.183 amostras de folha de soja de 53 municípios, sendo que em 329 amostras foram confirmados os casos de ferrugem asiática. O número de amostras foi 59% superior em relação à safra anterior quando foram analisadas 1.881 amostras de 33 municípios sendo 302 focos confirmados com a presença da doença.
O gerente técnico da Aprosoja/MT Luiz Nery Ribas explica que o vazio sanitário, aliado ao monitoramento da lavoura são fatores que têm dado resultados no controle da doença. “Mas todo cuidado é pouco, estamos em um período de irregularidade de chuvas. Se por um lado as chuvas são essenciais para o plantio, por outro podem estimular o aparecimento da ferrugem. Por isso, precisamos redobrar o monitoramento das lavouras para evitar a proliferação da doença, já que entre os fatores que favorecem a manifestação do vírus estão à umidade e o calor”, alerta.
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