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Cidades/Geral
Sexta - 13 de Novembro de 2009 às 17:49
Por: Thalita Araújo

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Após muitos impasses, reivindicações e discussões, a greve dos médicos que atuam na saúde municipal de Cuiabá está terminada. O acordo com a prefeitura ocorreu, finalmente, em reunião realizada nesta sexta-feira (13), no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, sob mediação da desembargadora Clarice Claudino. A classe médica conseguiu aumento de 88% no piso salarial e garantia de melhores condições de trabalho, principalmente no Hospital Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC).

Além de conseguir acordar um piso de R$ 1.600 para médicos iniciantes, as negociações resultaram em um Plano de Cargos, Carreiras e Salários para a classe, que prevê um piso de R$ 3 mil até 2014, com reajustes anuais.

O plano também aumenta o piso de acordo com a titulação do profissional, de forma que aquele recém-formado tem o piso de R$ 1.600, aquele com residência prestada começa ganhando R$ 1.764 e assim gradativamente.

Outra forma de aumentar o salário contemplada no acordo é um reajuste por período de serviço. A cada três anos trabalhados, o médico terá um reajuste de 8% sobre o piso salarial.

Edinaldo Lemos, diretor do Sindimed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso), explica que, para fins legais, na próxima segunda-feira (16) será realizada uma assembleia geral com os médicos, para apresentar a proposta acordada. Só na terça-feira, portanto, os profissionais voltam ao trabalho normal.

O prefeito Wilson Santos (PSDB) afirmou que após uma negociação “dura, lenta e demorada”, finalmente chegou-se a um acordo no qual a prefeitura conseguiu atender à maioria das reivindicações do sindicato.

Ele também ressaltou que não haverá nenhuma retaliação aos profissionais e que será colocado um “ponto final” em todas as ações jurídicas movidas de ambos os lados. O prefeito agradeceu à desembargadora Clarice Claudino pela intermediação no diálogo com os médicos e ressaltou que a ação foi de fundamental importância.

A desembargadora frisou que hoje foi “o coroamento de um trabalho difícil que vem sendo feito há várias reuniões”. Ela acrescenta que esse tipo de conciliação realizado por ela é inédito ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso.





Fonte: Olhar Direto

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