Mara Manzan ganhou projeção com papéis cômicos
"Conheci um ator do teatro Oficina, onde o José Celso Martinez Corrêa encenava 'O Casamento do Pequeno Burguês'. Achei tudo mágico, mas não tinha coragem de ser atriz -fazia de tudo --até buscar comida para o elenco. Um dia uma atriz ficou doente, e o Zé Celso me botou no lugar dela. Nunca mais larguei a profissão", contou Manzan, em entrevista à Folha em 2000.
Mara ganhou destaque na TV a partir dos anos 90, com papéis cômicos como a Sexta-Feira da novela "Salsa e Merengue" (1996), de Miguel Falabella, na Globo, emissora em que ela iniciou sua carreira na televisão em "A Viagem" (1992).
Após rápida passagem pelo SBT, onde participou de "Ô, Coitado!", humorístico de Gorete Milagres, a Filó, Mara trabalhou em "O Clone" (2001), de Gloria Perez. Na trama, ela interpretava Odete que virou sucesso com o bordão "Cada mergulho é um flash".
Apesar do sucesso em papéis cômicos, ela se dizia uma atriz "que pode fazer drama e comédia". "Eu também sei chorar."
Seu último papel foi em outra novela de Gloria Perez, "Caminho das Índias", que terminou há dois meses.
Pirofagia
A atriz sabia fazer pirofagia, número em que o artista "engole" fogo, e na primeira visita de Madonna ao Brasil, em 1993, ela fez um show diante do hotel da cantora, em São Paulo.
"Fiz um show para a Madonna, saiu até no 'New York Times'! Eu morava em frente ao hotel Caesar Park e, na noite anterior à chegada dela, pensei que não poderia perder o enorme público que a aguardava na rua. Resolvi que iria dar um show para homenageá-la da janela do meu apartamento. Virei a atração do lugar. Dei até entrevista agradecendo a Madonna pela platéia que ela me proporcionou", contou.
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