Componente de embalagens eleva risco de impotência, diz estudo
A exposição a níveis de Bisfenol-A (BPA), um componente químico utilizado em vários produtos, incluindo embalagens de alimentos, incrementaria o risco de disfunções sexuais masculinas, segundo um estudo publicado na quinta-feira na revista "Human Reproduction".
Estudos precedentes realizados em animais já haviam mostrado que o BPA tem efeitos devastadores sobre os órgãos reprodutivos.
A pesquisa publicada ontem foi realizada na China, durante cinco anos, com 634 operários de fábricas que utilizam o BPA, e concluiu que a exposição ao produto aumenta em quatro vezes o risco de sofrer problemas de ereção, e em sete vezes as dificuldades de ejaculação.
"Na medida em que o níveis de BPA eram muito elevados (entre os operários), outros estudos, envolvendo níveis mais baixos da substância, deverão avaliar melhor o impacto do produto sobre o sistema reprodutivo masculino", observou o Dr. De-Kun Li, do grupo Kaiser Permanence, na Califórnia (oeste).
O BPA é um componente químico que serve para diluir a resina do poliéster para facilitar sua laminação, e tem sido alvo de várias investigações sobre seus potenciais efeitos negativos à saúde.
Em março passado, seis grandes fabricantes americanos de mamadeiras decidiram abandonar os produtos com BPA nos Estados Unidos, onde é analisado um projeto para proibir recipientes com o produto.
Além de mamadeiras, copos, garrafas e outros recipientes plásticos utilizam o BPA, do mesmo modo que próteses dentárias.
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