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Economia
Sexta - 13 de Novembro de 2009 às 01:40

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A indústria da construção no Brasil deve crescer 6,5% entre 2009 e 2014 e 3,4% de 2014 a 2020, segundo a pesquisa “Perspectivas para a Construção Global 2020”, lançada hoje pela consultoria Oxford Economics.

A expansão deve ser impulsionada pela Copa de 2014, pelos Jogos Olímpicos de 2016 e por programas de incentivo à construção residencial. No entanto, o país deve cair da 12ª para a 14ª posição entre os maiores mercados de construção do mundo até 2020.

O crescimento projetado para o setor no Brasil está bem abaixo da média mundial, que deve atingir 70% na próxima década. Entre os países emergentes, a alta deve ser de 110%, mais de três vezes o esperado para os países desenvolvidos.

Na China, o crescimento projetado é de 130%. Segundo o estudo, a país vai ultrapassar os Estados Unidos como maior mercado de construção até 2018, atingindo participação de 19,1% do mercado global. A Índia deve passar da 9ª para a 3ª colocação no ranking até 2020.

No Oriente Médio e África, espera-se expansão de 80%, com destaque para a Nigéria, que será o país com alta mais acelerada no setor de construção do mundo, na avaliação dos pesquisadores.

O nível de crescimento do setor nos países pesquisados na América Latina – Brasil, Argentina, México e Colômbia - deve ser o mais baixo entre os mercados emergentes incluídos no estudo. Nenhuma nação da América Latina estará no ranking dos 10 países com maior crescimento na próxima década.

De acordo com um dos consultores da pesquisa, Mike Betts, Diretor-executivo e analista de construção global do JP Morgan, os países da América Latina serão superados por outros como China, Índia, Vietnã, Turquia e Polônia.

O desafio da indústria de construção no Brasil, segundo ele, é “como lidar com os elevados gastos públicos nos investimentos para os Jogos Olímpicos e a possibilidade de desaceleração da economia a partir de 2014, o que reduziria o volume de recursos destinados à infraestrutura até 2020.”

O setor de construção mundial só deve voltar a crescer em 2011, devido à crise econômica, cujos efeitos atingiram proporções épicas, segundo os pesquisadores. Hoje o valor estimado do mercado de construção é de US$ 7,5 trilhões (R$ 12,9 trilhões). Em 2020, a cifra deve atingir US$ 12,7 trilhões (R$ 21,9 trilhões).

Mike Betts acredita que uma mudança drástica na importância dos mercados emergentes se aproxima: “Nós prevemos taxas de crescimento surpreendentes para China e Índia nos próximos dez anos”, disse.

Entre os países desenvolvidos, a maior taxa de crescimento deve ser registrada nos Estados Unidos, principalmente entre 2011 e 2013. O setor de construção residencial americano deve crescer 60% entre 2009 e 2014, apesar dos efeitos da crise dos financiamentos imobiliários. O menor crescimento entre os países desenvolvidos deve ser o do Japão.

A pesquisa foi realizada em 35 países, que representam mais de 85% do PIB mundial.





Fonte: BBC Brasil

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