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Economia
Quinta - 12 de Novembro de 2009 às 12:24

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O crescente desemprego é a maior ameaça para o livre comércio porque pode desencadear o retorno ao protecionismo nos países com altas taxas de desemprego, afirmou nesta quinta-feira o diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Pascal Lamy.

"Se o emprego segue se deteriorando, é inevitável que apareça o protecionismo", que por enquanto "esteve muito contido", disse Lamy, durante a reunião de ministros de Finanças do Apec (Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) em Cingapura. Segundo ele, o mercado de trabalho global não vai se recuperar da recessão antes de pelo menos dois anos.

Os ministros do Apec coincidiram em que o endurecimento da política tarifária como medida contra a crise no curto prazo é uma ameaça "muito perigosa".

O bloco considera que a melhor forma de lutar contra o protecionismo é respaldar sem fissuras as negociações para liberalizar o comércio mundial da Rodada Doha, que pretende estender o desenvolvimento econômico aos países menos desenvolvidos através de eliminar os impedimentos à troca de bens e serviços.

As conversas, segundo os ministros do Apec, fracassarão antes de 2010 se as partes implicadas não exercem uma "flexibilidade máxima" em suas posturas enquistadas pelo enfrentamento entre os países industrializados e as nações emergentes.

A este respeito, Lamy indicou que já há uma "sensação de urgência" para sair do atoleiro e ter os deveres feitos para essa data limite, após cinco anos de atrasos.

Desemprego

Na semana passada o Departamento do Trabalho dos EUA informou que a economia americana perdeu 190 mil postos de trabalho em outubro, enquanto a taxa de desemprego chegou a 10,2%, maior desde abril de 1983 (em setembro, a taxa estava em 9,8%).

Embora os cortes de vagas em outubro tenham superado as previsões, o ritmo de fechamento de vagas tem sido menos acentuado --o que reflete o ritmo de melhora na economia americana visto recentemente: no trimestre passado, o PIB (Produto Interno Bruto) do país cresceu 3,5%. No segundo trimestre houve queda de 0,7%.

No fim de outubro, a Eurostat --a agência europeia de estatísticas-- informou que o desemprego na zona do euro chegou a uma taxa de 9,7% em setembro, a maior desde janeiro de 1999.





Fonte: Folha Online/EFE

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