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Quarta - 11 de Novembro de 2009 às 08:58

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A boate Lótus, localizada em área nobre de Cuiabá, corre o risco de ser fechada durante os próximos 60 dias, prazo mínimo para regularização da autorização da segurança orgânica da casa, segundo informações da Polícia Federal (PF).

Atualmente a documentação encontra-se irregular na instituição, responsável pela fiscalização da atividade de vigilância e segurança orgânica.

Há quase um mês a boate chegou a ser fechada na mesma noite em que houve uma confusão envolvendo dois policiais federais. Eles entraram armados na casa noturna alegando estar a serviço, mas foram flagrados consumindo bebida alcoólica pela direção da boate, que acionou a segurança, segundo informações do diretor geral da Lótus, Thales Salomão.

Após se recusaram obedecer ao procedimento da casa, pagaram a conta e foram embora, segundo Salomão. Logo depois, foi chamado um reforço da PF, que constatou outras irregularidades, entre elas, o fato de um DJ estar usando CDs piratas e dois seguranças não portarem a Carteira Nacional de Vigilante (CNV) expedida pela PF. Os seguranças do local e o dono da boate, Edésio Comarela, foram conduzidos à sede da PF para prestar depoimento e, depois, foram liberados.

De acordo com as normas do local, policiais têm entrada livre desde que deixem o armamento no cofre de segurança da casa.

Caso abra normalmente nesse período, a Lótus estará funcionando clandestinamente, correndo o risco de ser fechada a qualquer momento, segundo informações da PF.

A portaria que regulamenta o procedimento de autorização para segurança orgânica foi alterado e somente após a entrada é que a PF realiza uma vistoria e emite um parecer. Depois disso, o processo é encaminhado à central da corporação em Brasília para que seja concedida a autorização.

Anexo ao processo devem estar outras documentações ligadas ao alvará de funcionamento, como, por exemplo, plano de combate a incêndio. Caso tudo isso esteja em dia, o procedimento demora, no mínimo, 60 dias.

Na ocasião em que a Lótus foi fechada, a PF alegou que qualquer casa noturna está sujeita à fiscalização e que é prerrogativa da profissão andar armado em qualquer situação. O fato de guardar a arma em um cofre é considerado uma ilegalidade do ponto de vista da lei, uma vez que a ação somente é permitida para quem detém o registro de posse.

A Polícia Federal instaurou um procedimento para investigar se houve constrangimento ao policial que foi barrado na Lótus e sobre o fato de o estabelecimento estar recolhendo armas de policiais e guardando-as de forma indevida.

A reportagem entrou em contato com a boate, que não retornou às ligações até o fechamento desta edição. (SS)





Fonte: Diário de Cuiabá

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