Seminário reúne artesãos de 21 municípios
Segundo ele, em Mato Grosso o artesanato já não é encarado apenas como uma simples fonte extra de renda, mas sim como negócio. “Para se ter uma ideia, a Casa do Artesão de Cuiabá, cuja gestão é de responsabilidade do Sesc/MT comercializou no ano de 2008 cerca de 50 mil peças”, afirmou.
Essa mudança foi constatada pela especialista em artesanato e arte popular, Malba Trindade de Aguiar, que ministrou a palestra Organização do Negócio Artesanato.
“O ganho de Mato Grosso, ao contrário do que ainda acontece em boa parte do Brasil, é a união das instituições em favor do artesanato, impedindo a pulverização de recursos e de ações”, afirma, ao acrescentar que a grande oportunidade dos artesãos é associar sua produção ao turismo.
“O turismo é um canal natural de escoamento do artesanato. Tanto o Brasil, de forma geral, quanto Mato Grosso, em particular, têm investido maciçamente no setor turístico. Por isso, é de fundamental importância que ambos os setores estejam interligados”, explica.
“Tão importante quanto o fazer bem é saber comercializar, porque não adianta produzir uma belíssima peça se não tem onde vendê-la”, afirma a consultora da Etno Brasil, Lorena Rodrigues, que ministrará a palestra "Artesanato: como, quando e onde vender".
Em sua opinião, um bom artesanato deve unir beleza, agregação de valor, história e design, de preferência mais moderno e mais contemporâneo.
“Na hora de colocar este produto no mercado, é preciso que ele possua, principalmente, bom acabamento, embalagem com iconografia, certificado de origem (história do produto, do artesão e da comunidade onde é produzido, tipo de matéria-prima usada e nome do artesão) e estar bem colocado nos locais onde são vendidos para o consumidor final”, resume.
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