Servidores do Judiciário param 1 semana
Os servidores do Judiciário estadual paralisam as atividades na próxima segunda-feira (16) para cobrar melhorias salariais. A paralisação promete se estender por uma semana, período em que vão ser mantidos apenas os serviços essenciais do Poder em todo Mato Grosso.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário (Sinjusmat), Rosenval Rodrigues dos Santos, durante a paralisação cada comarca deve contar apenas com um oficial de Justiça e um gestor administrativo para serviços essenciais. "Algumas pessoas podem não gostar disso alegando que vão ter prejuízos, mas prejuízos os servidores estão tendo há anos".
A principal reclamação do Sindicato é com o presidente do Tribunal de Justiça (TJ/MT), Mariano Alonso Travassos. A alegação é de que ele não atende as reivindicações da categoria, como o pagamento referente a férias e licenças-prêmios de administrações anteriores, promoção de carreiras a cada ano e mudança de Unidade Real de Valor (URV) para o real, entre outros.
As cobranças levaram o Sinjusmat a pedir até a intervenção do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Gilmar Mendes. Em visita a Cuiabá no dia 30, os sindicalistas lhe entregaram um documento que comprovaria que o Judiciário teve no Estado R$ 34,5 milhões de sobra em caixa em agosto, o que desmonta, segundo Rosenval, o discurso de falta de recursos.
A paralisação foi comunicada ao presidente do TJ na quinta-feira (5). Só o atendimento das reivindicações pode evitar a paralisação que promete mobilizar grande parte dos cerca de 5,5 mil servidores. A maioria vai se concentrar em frente ao Fórum de Cuiabá, no Centro Político Administrativo. "Vamos ficar esses dias acampados no local de segunda (16) a sexta (20). Vamos mostrar toda a nossa indignação", completa Rosenval.
Outro lado - A direção do TJ informou, por meio da assessoria de imprensa, que o assunto está sendo avaliado e por isso ainda não vai se manifestar.
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