Mercado prevê crescimento maior da economia em 2009 e 2010
Economistas consultados pelo Banco Central revisaram para cima suas previsões para o crescimento da economia brasileira e esperam uma variação do PIB (Produto Interno Bruto) ligeiramente maior em 2009 e 2010. Para o fim deste ano, a projeção de crescimento passou de 0,18% para 0,20%. Para o fim do ano que vem, a expectativa é de crescimento de 4,83%, contra previsão anterior de 4,8%.
De acordo com a pesquisa Focus, feita na última semana e divulgada nesta segunda-feira pelo BC, a previsão é que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) feche este ano em 4,27%, mesma estimativa feita na semana passada.
Para 2010, a previsão é de que a inflação oficial encerre o ano em 4,46%, contra 4,45% da semana anterior. As duas projeções estão abaixo do centro da meta estabelecida pelo governo para os dois anos, que é de 4,5%.
O mercado manteve ainda as projeções feitas anteriormente para a taxa básica de juros (Selic). Após o Copom (Conselho de Política Monetária) manter na última reunião os juros em 8,75%, os economistas apostam que a Selic fechará o ano neste mesmo patamar. O conselho se reúne uma vez mais em 2009, em dezembro. Para 2010, a expectativa é que os juros encerrem o ano em 10,50%.
Mais inflação
A previsão do mercado para o IGP-DI melhorou, passando de queda de 0,44% para redução de 0,47%. Para o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), a previsão passou de -0,87% para -0,88%. Os dois indicadores são usados no cálculo dos reajustes de contratos e preços administrados, entre eles, contas de luz e aluguéis.
A previsão para o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica), caiu de 3,99% para 3,94%. Para 2010, as previsões para os IGPs e para o IPC-Fipe ficaram em 4,5%.
Outros indicadores
O mercado prevê o dólar em R$ 1,70 para o fim de 2009, mesma previsão feita anteriormente. Para 2010, a projeção foi mantida em R$ 1,75.
A previsão para o superavit da balança comercial passou para US$ 25,5 bilhões (contra US$ 26 na semana anterior) e para o deficit nas transações correntes se manteve em US$ 16,9 bilhões.
A estimativa para os investimentos estrangeiros diretos ficou em US$ 25 bilhões neste ano, passando de US$ 33 bilhões para US$ 35 bilhões em 2010. A projeção para a relação dívida/PIB foi mantida em 44%.
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