Vendas do iPhone no país não passaram de 200 mil unidades
A demora da chegada do produto ao país e o preço elevado foram os motivos apontados para o fraco resultado. As operadoras brasileiras levaram um ano negociando com a Apple para quebrar seu protocolo comercial e lançar o aparelho no país.
Nesse período, nunca se falou tanto de iPhone e smartphones (celulares inteligentes que navegam na internet). Mas quem ganhou com isso foi a finlandesa Nokia. Seu N95 vendeu um pouco mais de 1 milhão de unidades apenas nesse período de espera pelo iPhone.
No começo do ano passado, os smartphones representavam 4% das vendas de celular no país. Com o iPhone, esse número saltou para 12% no Brasil, mas a Apple não ficou nem com 1% das vendas, de acordo com fabricantes e analistas.
Para as operadoras, as vendas ficaram 30% abaixo do esperado. O fator principal é o preço. A Folha apurou que, um dos motivos do valor elevado, foi imposição da própria Apple, que tentou "elitizar" o produto.
A Apple exigiu das operadoras não somente um plano exclusivo de dados atrelado ao iPhone como também impôs, naquela ocasião, um preço de US$ 600 para a importação do modelo que era vendido nas lojas dos Estados Unidos por US$ 400. Por um esforço de marca, as operadoras aceitaram.
Apesar das vendas abaixo do previsto, os acessos à internet são maiores via iPhone. Um levantamento da Predicta, que monitora o tráfego da rede no país, revela que 63% dos acessos à rede via celular ocorrem atualmente via iPhone. Em termos de receita, o resultado ainda é pequeno.
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