Ibovespa fechou em alta de 2,51%, a 46.626 pontos. Recuperação se apoiou em discurso de Bernanke sobre estímulos.
Bovespa fecha em alta puxada por Petrobras

A Bovespa aproveitou o bom humor externo para corrigir parte das fortes perdas recentes nesta quinta-feira (11), diante da sinalização de que o banco central norte-americano não reduzirá seu programa de estímulo monetário tão cedo quanto analistas previam. A Petrobrassubiu mais de 7%, puxando a valorização.

O Ibovespa fechou em alta de 2,51%, a 46.626 pontos. Veja cotação

"Sem notícias negativas e sendo a pior bolsa do mundo, a Bovespa teve um dia de euforia, de recuperação, apoiado no discurso do Bernanke", disse o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, em São Paulo.

O chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, acalmou investidores ao afirmar na quarta-feira que o Fed continuará perseguindo uma política monetária expansionista num horizonte relevante, em meio a dúvidas sobre a força do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Petrobras
As ações preferenciais das blue chips Vale e Petrobras foram as principais influências positivas para o Ibovespa nesta quinta-feira.

Destaque ainda para o salto de mais de 7% da ação ordinária da Petrobras, com operadores citando maior otimismo com as perspectivas para o pagamento de dividendos após a petroleira estatal anunciar mudança em sua prática contábil.

Já a petroleira OGX, do empresário Eike Batista, inverteu o sinal e fechou em queda de mais de 7%, após ter avançado cerca de 10% na máxima da sessão.

Apesar da recuperação do mercado nesta quinta-feira, o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos, em São Paulo, citou que essa melhora de humor impulsionada pela fala de Bernanke não necessariamente implicará em rali para a Bovespa.

"Ainda estou preocupado com a próxima temporada de balanços corporativos, considerando a desaceleração da economia local e o efeito da desvalorização do real em algumas empresas", afirmou.

Nesta quinta-feira, estrategistas do JPMorgan Securities reduziram a recomendação para ações brasileiras de "neutro" para "underweight" (abaixo da média do mercado), citando as expectativas de lucros excessivamente otimistas, entre outros fatores.