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Cidades/Geral
Quarta - 04 de Novembro de 2009 às 07:40
Por: Caroline Rodrigues

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Funcionários da saúde pública preparam-se para participar da rede de proteção e atenção às vítimas de violência. Entre janeiro e setembro de 2009 foram atendidas 8.008 pessoas no box de emergência no Pronto-Socorro de Cuiabá. Elas foram vítimas de acidentes de trânsito, agressões por espancamento, arma de fogo e arma branca. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que gastou cerca de R$ 5,9 milhões em apenas 198 das internações necessárias. Cada paciente internado na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) custa cerca de R$ 30 mil.

A especialista em Violência e Saúde, Rudinéia Guimarães fala que às vezes os casos mais graves podem ser evitados porque começam com pequenas escoriações e devido a omissão dos servidores se repetem até chegar a tentativas de homicídio. Os enfermeiros e médicos não sabem nem mesmo como agir e acabam intimidados pela vítima ou agressor. Uma das participantes da qualificação, que não quer se identificar, fala que atendeu uma menina de 13 anos, que tinha indícios de abuso sexual. Ela falou que ia chamar o Conselho Tutelar, mas a avó da adolescente a ameaçou para defender o agressor, que era o avô. O fato foi levado à Justiça porque o chefe da equipe chamou os órgãos responsáveis.

A intimidação é algo comum para os profissionais que assumem a responsabilidade de denunciar os casos. Rudinéia explica que qualquer pessoa que tenha suspeita de que uma criança sofra maus tratos tem obrigação de denunciar, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente. Ela assegura que a lei é desconhecida por muitos profissionais da saúde e educação, áreas que têm mais contato com as vítimas.




Fonte: A Gazeta

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