Google admite digitalização de livros chineses sem permissão
O Google admitiu ter digitalizado mais de 20 mil livros que estavam sob a proteção dos direitos autorais da China, informou o jornal "China Daily" nesta terça-feira (3).
Segundo o diário, a companhia norte-americana insistiu que os livros chineses foram digitalizados em bibliotecas dos EUA e alguns deles estavam disponíveis para uso público.
Google teria admitido violação de direitos autorais em relação a escritores chineses
No entanto, Google também admitiu que pelo menos 20 mil livros estariam sob a proteção dos direitos autorais da China, explicou Zhang Hongbo, subdiretor da Sociedade China de Direitos autorais (CWWCS).
No último dia 21 de outubro, a CWWCS acusou o Google de digitalizar sem permissão e colocar em sua biblioteca digital, Google Books, obras de vários escritores chineses.
Zhang disse que após falar com Erik Hartmann, responsável na Ásia-Pacífico do Google Books, no próximo dia 16 de novembro a companhia americana proporcionará uma lista completa dos livros chineses digitalizados.
O vice-diretor da CWWCS afirmou que resolver o problema dependerá de futuras negociações e pediu à empresa que admita sua infração e se desculpe.
Mais de 50 escritores assinaram uma carta de protesto na qual exigem desculpas do Google e as correspondentes compensações, disseram a imprensa local.
A empresa pretende criar uma gigantesca biblioteca virtual, um serviço que oferecerá na internet livros completos, um projeto encontra grande número de opositores no mundo todo.
Google propôs um acordo com os editores e autores americanos para que recebam 63% do lucro que venha da digitalização de suas obras.
No entanto, a CWWCS indicou que os escritores chineses não aceitam um acordo deste tipo.
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