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Tecnologia
Sábado - 31 de Outubro de 2009 às 12:13

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Pessoas de diferentes gerações se relacionam de formas distintas na internet.

Estudo do Pew Internet aponta que mais da metade da população adulta na internet tem de 18 a 44 anos. Um percentual maior de pessoas mais velhas estão mais on-line agora do que no passado, realizando atividades como pagar contas no banco, fazer compras e procurar informações sobre saúde.

João Paulo Cavalcanti, sócio da Box 1824, empresa que faz pesquisa de tendências, identifica diferentes comportamentos entre as gerações. Sua empresa define três tipos de usuários de internet.

Os primeiros são os nativos digitais, que têm de sete a 17 anos e se alfabetizaram e desenvolveram sua leitura na internet. "Eles possuem a leitura não linear. É uma parcela da geração jovem que enfrenta dificuldades tanto para ler quanto para escrever textos lineares, algo que tem desafiado professores do mundo inteiro", diz.

O conhecimento sobre diferentes assuntos dessa geração é amplo, mas o conhecimento profundo em relação a um assunto específico se aplica apenas a alguns tópicos. "É um público que possui uma capacidade de dispersão muito grande."

Segundo Cavalcanti, essa geração não desenvolveu uma relação muito intensa com os e-mails e prefere a comunicação instantânea.

"A questão é que quando a vida profissional passar a exigir essa comunicação mais formal dos nativos digitais, muito provavelmente, os e-mails já tenham se modificado totalmente, como apontam iniciativas como o Wave."

Os crescidos digitais têm de 18 a 30 anos, se alfabetizaram fora da internet e desenvolveram a sua leitura na rede.

"Essa é a geração-ponte, que possui a formação híbrida entre a leitura linear e a não-linear. Ainda possuem uma ampla capacidade de leitura e construção de textos lineares e adotam o e-mail como uma de suas principais formas de comunicação. Mas possuem grande facilidade para lidar com novas ferramentas."

Os pré-digitais, por sua vez, têm de 30 a 50 anos --são os pais ou mesmo os avós dos nativos. "Eles formaram seu comportamento de leitura em um mundo muito diferente do mundo de hoje", diz Cavalcanti. Ele acrescenta que, diferentemente do que aponta o senso comum, esse público se adapta rapidamente à evolução das tecnologias.

"Hoje o crescimento de redes sociais como o Facebook ocorre com mais força entre esse público do que entre o público abaixo dos 30."

Sempre on-line

Para Cavalcanti, a utopia dos anos 1990 de que estaríamos sempre conectados está se tornando real. "O que é importante é que não estamos mais falando da evolução tecnológica como o nascimento de mais e mais dispositivos como celulares, netbooks, e-papers.

O que é relevante é que todos esses dispositivos apontam para uma mesma "máquina maior" que é a internet. Isso quer dizer que, por meio dos mais diferentes dispositivos, nos mais diferentes lugares, acessamos nossos dados. E isso muda tudo."





Fonte: Folha de S. Paulo

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