E-mail ainda vai demorar a desaparecer, diz pesquisadora
"O que estamos vendo é usuários de internet tirando partido de um vasto leque de opções de comunicação que eles têm ao seu dispor, como e-mail, redes sociais e Twitter. E eles estão descobrindo as ferramentas que atendem às suas necessidades em diferentes contextos e em diferentes aspectos de suas identidades on-line", acrescenta.
Para o pesquisador Stowe Boyd, nenhum meio de comunicação morre rapidamente, mas decai em curva. "E estamos caminhando para um declínio acentuado no uso de e-mail. Nos próximos dez anos, o e-mail vai deixar de compor a grande parte das mensagens e se tornará minoria", analisa.
Segundo ele, e-mails não são muito bons para o propósito da maioria das pessoas, que é o de se comunicar de forma aberta com pessoas que elas conhecem bem.
"Ele foi projetado para ser segredo e funciona muito bem para empurrar mensagens de massa para estranhos. Além disso, o armazenamento e o envio baseados na ideia de que as pessoas não estão on-line o tempo todo não faz mais sentido, pois elas estão cada vez mais conectadas."
Segundo Boyd, as pessoas vão passar cada vez mais tempo on-line. "Interações em tempo real vão se tornar a modalidade dominante da cultura da internet no futuro."
Já a pesquisadora Raquel Recuro acha difícil argumentar que uma tecnologia possa morrer. "O e-mail ainda é muito usado. Tem problemas, é claro, como quase todas as outras tecnologias. Penso que, enquanto for útil para as pessoas, será usado", afirma, acrescentando que não vê outras ferramentas como substitutas.
"O e-mail é usado para comunicações mais assíncronas, enquanto o IM, o Orkut etc. são mais focados em comunicações síncronas."
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