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Esportes
Sexta - 30 de Outubro de 2009 às 17:26
Por: João Gabriel Rodrigues

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Doutor Wagner Castropil diz que doping de ginasta brasileira é surpresa

O médico Wagner Castropil, que fez as duas operações no joelho direito de Daiane dos Santos, foi pego de surpresa pela notícia do doping da ginasta, divulgado pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) nesta sexta-feira. Procurado pelo GLOBOESPORTE.COM, ele afirmou não ter receitado qualquer medicamento com a substância furosemida, diurético flagrado no exame da atleta.

- Ela está em tratamento da última cirurgia no joelho, em maio, dois meses antes do antes do exame antidoping. E esta substância não faz parte do tratamento. Ela ainda estava em um processo de recuperação, afastada das competições. Foi uma surpresa saber que ela passou por um exame mesmo fora de competição. Comuniquei ao técnico que durante esse ano que ela não poderia participar de competições neste ano – disse o médico, em entrevista por telefone.

Castropil também disse que Daiane não comentou o uso de qualquer outro medicamento durante a recuperação. De acordo com o médico, a atleta manteve a disciplina após a cirurgia e não ganhou peso, o que poderia explicar o uso da substância proibida.

- Ela se manteve muito bem, disciplinada. Não aumentou muito o peso durante a recuperação. Não sei como ela teve contato com esse medicamento.

Daiane foi flagrada em exame antidoping realizado em julho deste ano. O site da FIG informa que a ginasta já foi notificada, e que o caso foi submetido à comissão disciplinar da entidade. Ela tem até o dia 13 de novembro para pedir uma audiência e dar suas explicações.

Depois desta data, a comissão da FIG vai enviar suas conclusões para a comissão presidencial da entidade, que tomará uma decisão sobre a punição da brasileira. Se condenada, Daiane pode ser suspensa das competições por um período de até dois anos. A atleta terá 21 dias para recorrer ao Tribunal de Apelações da FIG.

A furosemida é um diurético e faz parte da lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) por ser considerada um agente mascarante, ou seja, que dificulta a constatação nos exames antidoping de esteroides e outras substâncias dopantes.





Fonte: Globoesporte.com

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