MT é 2º em aumento da dengue
Mato Grosso tem o segundo maior crescimento no número de casos de dengue do Brasil com aumento de 237,9%, em relação ao ano passado. O Estado campeão foi a Bahia com 754,6% a mais de registros da doença. A informação é do Ministério da Saúde que aponta ainda uma queda de 46,3% no número de registros da doença no país em relação ao balanço do mesmo período de 2008, com 758.051 casos. Este ano são 406.883 registros até agosto em todo território nacional.
Dados atualizados da Secretaria de Estado de Saúde mostram que são 39.608 notificações de dengue até a quarta semana de outubro. Desse total, 1.107 foram notificados como casos graves de dengue. São 40 óbitos provocados pela doença, sendo que 34 casos foram confirmados e 6 casos estão sob investigação.
O município mais atingido em Mato Grosso foi Cuiabá com 11.190 notificações e 13 mortes registradas, sendo 8 confirmadas. Diante do cenário, iniciou ontem um mutirão de limpeza urbana em combate a doença. A ação teve início pelo bairro Pedra 90, que tem índice larvário de 11,5% e registrou vários casos de pessoas contaminadas pela doença na região, além de 3 mortes.
O mutirão é uma iniciativa conjunta dos governos municipais e estadual, com duração de 60 dias em Cuiabá e Várzea Grande. As limpezas ocorrerão inicialmente nos bolsões de lixo e terrenos baldios, que são responsáveis por 12% dos focos de nascimento do mosquito Aedes Aegipty, transmissor da dengue.
A coordenadora do Programa de Combate a Dengue, Alessandra Costa Carvalho, da Secretaria Municipal de Saúde, explica que a ação de limpeza minimiza os riscos, mas não resolve totalmente o problema de nascimento no mosquito. Ela destaca que 85% dos focos estão dentro dos quintais das casas e toda população precisa ajudar no combate.
Para a moradora do Pedra 90, Isabel Pereira Santos, a iniciativa de limpeza é importante, porém ela acredita que manter os quintais das casas limpos é o mais adequado. "Tem muito morador que não se importa em jogar lixo na rua ou deixar acumulando em casa por acreditar que nunca vai acontecer com ele".
Outra moradora do bairro, Adriana Lourenço, conta que a mãe teve a doença e entende como positiva a iniciativa do mutirão, mas destaca que o Pedra 90 tem ainda problema de falta de saneamento e muitos moradores que jogam lixo em qualquer lugar.
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