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Saúde
Quinta - 29 de Outubro de 2009 às 08:16
Por: Ana Paula Bortoloni

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Setenta e cinco por cento dos 141 municípios mato-grossenses estão em estado de alerta porque apresentam índice de infestação predial pelo mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, acima de 1%, conforme preconiza o Ministério da Saúde. Um exemplo é o município de Aripuanã (1.002 km a noroeste de Cuiabá), onde em 77% das residências visitadas os agentes encontraram focos do mosquito. Lá, um homem de aproximadamente 70 anos morreu na última semana. A situação coloca Mato Grosso em alerta, especialmente por se tratar de período chuvoso, quando a probabilidade de criadouros é maior, aliada a temperatura alta, característica do Estado.

O coordenador de Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Oberdan Lira, informa que os prefeitos e secretários municipais de saúde estão recebendo orientações gerais e também específicas no combate a doença. Para ele, a situação deixa claro que os agentes de saúde que trabalham na prevenção da dengue estão falhando e chama atenção da população, para que também faça a parte na limpeza urbana e dos quintais e na eliminação de possíveis criadouros.

A preocupação é também com relação com o que ocorreu na Capital no início do ano, com a reinserção do sorotipo 2 da dengue.

No caso de Aripuanã, foram registrados até o momento 442 notificações, número considerado alto. Diante desse quadro, a partir do dia 7 de novembro o município receberá carros com o fumacê.

Além do trabalho preventivo, o coordenador ressalta a necessidade de investimento em capacitação de médicos, que possam diagnosticar os sintomas de forma rápida, evitando o agravamento do quadro clínico do paciente. Investimento na atenção básica (postos de saúde), evitando superlotação nas unidades de urgência e emergência, também é a orientação.

A diferenciação correta entre a dengue e outros tipos de viroses é fundamental para evitar subnotificação, a principal explicação para o que pode ter ocorrido no município de Água Boa (730 km a leste de Cuiabá), onde uma mulher de aproximadamente 30 anos morreu na última semana. Ela morreu no Pronto-Socorro de Várzea Grande, após ficar vários dias internada. O prefeito de Água Boa, Maurício Cardoso Tonhá, diz que a notícia do óbito foi recebida com surpresa, porque agora foram registradas 165 notificações.

"O óbito é só a ponta do iceberg. Todos estão sendo avisados do alerta faz tempo, com a divulgação de boletins epidemiológicos e orientações específicas", explica Oberdan Lira.




Fonte: A Gazeta

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