Botafogo vence 'decisão' com Náutico e respira um pouco no Brasileiro
O técnico Estevam Soares não ganhou os "600 pontos" falados ao longo da semana, mas a vitória do Botafogo por 1 a 0 sobre o Náutico valeu três e um alívio mais do que necessário. A partida foi válida pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Alvinegro deixa provisoriamente a zona de rebaixamento, com 35 pontos, na 16ª colocação. O Santo André, com 32, está enfrentando o Cruzeiro, no Mineirão, e pode retomar sua posição. Com isso, os cariocas retornariam à degola. A situação do Náutico se agravou. A equipe, que soma 32, caiu para 18ª posição.
Ambos os times voltam a campo no próximo domingo. O Alvinegro vai a Porto Alegre para encarar o Internacional, no Beira Rio. Já o time de Pernambuco faz o clássico com o Sport, nos Aflitos.
Três atacante fora de sintonia e um meio de campo cheio de espaços. O Botafogo iniciou a partida de forma atrapalhada e deixava o Náutico tirar proveito dos contra-ataques. Em um deles, aos cinco minutos, Carlinhos Bala quase marcou. Organizado e paciente, o Timbu parecia uma equipe mais madura, mais tranquila.
Aos 19, lance polêmico. Carlinhos Bala recebeu sozinho na velocidade, mas acabou sendo derrubado fora da área pelo goleiro Jefferson. Apesar da 'famosa' clara e manifesta chance de gol, o árbitro Leonardo Gaciba advertiu o camisa 1 alvinegro apenas com o cartão amarelo. Os pernambucanos exigiram a expulsão, mas foram ignorados.
Aos poucos, o botafogo tentou se acalmar, tocar a bola, cadenciar o jogo, como pediu o técnico Estevam Soares a Jônatas. Contudo, os excessivos erros de passe atrapalhavam as investidas e facilitavam a missão do sistema defensivo alvirrubro.
A partir dos 35 minutos, porém, o time de General Severiano 'achou' o lado direito de ataque e explorou o setor, no qual a defesa do Náutico se mostrava vulnerável. A partir daí, Reinaldo foi o principal nome e perto do fim acionou de forma precisa Jobson, que desperdiçou.
O segundo tempo começou agitado. O Botafogo parecia melhor, mas logo o Náutico ganhou terreno e equilibrou as ações. Já menos tensos que na primeira etapa, os jogadores erravam menos. Com isso, o espetáculo cresceu de produção e ganhou em emoção.
Aos 26, o Botafogo teve sua coragem de se lançar ao ataque recompensada. Diego cortou Johnny e caiu dentro da área, após choque com o adversário. Leonardo Gaciba marcou pênalti, que Juninho cobrou no canto, forte, e abriu o placar. Na comemoração, a clara demonstração de alívio. E ficou por isso mesmo. Mas ainda há uma árdua caminhada, para ambos, em busca da permanência na Série A.
Botafogo
Jefferson; Alessandro, Juninho, Wellington e Diego; Leandro Guerreiro, Léo Silva (Renato), Jônatas e Reinaldo; Gibson (Rodrigo Dantas) e André Lima (Victor Simões). Técnico: Estevam Soares
Náutico
Glédson; Fernando, Vágner e Márcio; Patrick, Johnny (Anderson Santana), Aílton, Irênio (Mariano Torres) e Michel; Carlinhos Bala e Tuta (Elton). Técnico: Geninho
Data: 28/10/2009
Local: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (FIFA-RS)
Auxiliares:Auxiliares: Paulo Ricardo Silva Conceição (RS) e Marcelo Bertanha Barison(RS) Público:b 6.127
Renda: R$ 90.760,50
Cartões amarelos: Jefferson, Reinaldo, Jônatas, Alessandro e Renato (BOT); Márcio, Vagner , Johnny e Mariano Torres (NAU)
Gols: Juninho, aos 27 do primeiro tempo
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