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Obras dos estádios da Copa de 2014 podem custar até R$ 6 bilhões
Três dessas arenas --de Brasília, Salvador e Recife-- sofreram uma redução de custo nas obras para se adequarem às condições do banco estatal.
O modelo aprovado por Lula prevê que investidores --públicos ou privados- dos estádios poderão fazer um empréstimo de até R$ 400 milhões, o que deve corresponder no máximo a 75% do valor da obra.
Os demais 25%, o que corresponde a R$ 100 milhões por arena, deverão ser captados pelos governos locais ou setor privado sem o auxílio do BNDES.
Com isso, as obras dos estádios da Copa de 2014 poderão custar até R$ 6 bilhões no total.
O custo total apresentado pelas 12 sedes para reforma ou construção dos estádios ao Ministério do Esporte era de R$ 5 bilhões, sendo que três superavam os R$ 500 milhões de teto estabelecido pelo governo.
A proposta de reforma do Mané Garrincha (Brasília) era de R$ 740 milhões; a demolição e reconstrução da nova Fonte Nova (Salvador) tinha previsão de custo de R$ 639 milhões; e a construção de estádio em Recife chegaria a R$ 540 milhões. Todos foram reduzidos.
O modelo de financiamento será o mesmo para os estádios públicos e privados (Morumbi, Beira-Rio e Arena da Baixada): carência de três anos e financiamento em 12 anos corrigido pela TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) mais 1,9% ao ano.
A proposta inicialmente estudada previa que as três arenas privadas seriam submetidas a um modelo de financiamento com condições mais rígidas do que as aplicadas às arenas públicas. Por fim, o governo federal e o banco decidiram igualar as condições.
Segundo o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., a verba do BNDES deverá ser aplicada também na melhoria do acesso de torcedores aos estádios.
Ontem, o ministro apresentou também a Lula as principais obras de transporte exigidas pelas cidades-sedes.
Na semana que vem, haverá a última encontro com prefeitos e governadores. No início de novembro, o governo federal deve anunciar o PAC da Copa.
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