Policiais são indiciados por 3 assassinatos em Cáceres
De acordo com o delegado Rogers Elizandro Jarbas, de Cáceres, entre os dias 14 e 18 de setembro, os 2 policiais, lotados em Mirassol D"Oeste, compraram das vítimas 3 chácaras na região de Facão, distante 20 km da cidade. Os imóveis foram colocados no nome do PM Orlandino Rodrigues Gomes, da nora e da cunhada dele. O pagamento seria feito com 22 quilos de pasta-base de cocaína, em uma das chácaras.
Os 2 policiais foram em direção ao local marcado, em um Gol branco, acompanhados de "Alcides". "Baixo" e Alex Sandro chegaram logo depois, em uma motocicleta Yamaha, vermelha. À espera do grupo já estava Valcir Jesus, contratado para afastar as pessoas da chácara, auxiliar no transporte dos corpos e limpar o local. Pelas tarefas ele receberia R$ 3 mil.
"Alcides", que conversava com os policiais, foi o primeiro a ser executado, com tiros na cabeça. "Baixo" e Alex Sandro também foram atingidos por disparos. Valcir Jesus ajudou os policiais a colocarem os corpos no porta malas do veículo, que estava forrado com uma lona preta. Em seguida os cadáveres foram abandonados em pontos distintos da estrada que liga Cáceres a Porto Estrela. Eles estavam distantes cerca de 6 km um do outro.
Ao serem interrogados, os policiais negaram envolvimento com os crimes, alegando que tinham dado uma carona para "Alcides" naquele dia, e que não haviam saído mais de casa. O PM Orlandino contou à Polícia que sua arma havia sido furtada em Mirassol, informação que foi negada pela mulher dele, que em depoimento afirmou ter visto a arma do marido em casa, no dia do crime. Valcir Jesus confessou envolvimento na chacina após a prisão. Os PMs tiveram a prisão decretada pela 1ª Vara Criminal de Cáceres.
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