Após rodovia, população de Sapezal espera instalação de indústrias
A população de Sapezal espera que a inauguração da pavimentação asfáltica da rodovia que liga Campo Novo dos Parecis ao município deve favorecer a vinda de indústrias vinculadas ao agronegócio para a região. “Existem muitos projetos engavetados que só não saíram do papel porque não existia asfalto”, avalia o ex-prefeito Aldir Scheneider (PSDB). Entre eles, está prevista a vinda de frigoríficos. “Para que haja o desenvolvimento, precisamos de comunicação, energia e asfalto. Agora podemos caminhar com nossas pernas”, avalia o tucano, que prevê explorar também o mercado consumidor da fronteira com o Pacífico e Amazônia. “Temos um vasto campo. É só saber explorar”, pondera.
Dono da terceira maior produção de soja do país conforme o IBGE, Sapezal foi criado pela Lei Estadual nº 6.534, de 19 de setembro de 1994. A produção de soja da cidade só perde para Sorriso e Nova Mutum. Atualmente são colhidas 2 milhões de toneladas do produto por ano. A economia também é movida pela produção de soja, milho, algodão, feijão e pecuária.
O primeiro prefeito foi André Antonio Maggi, pai do governador Blairo Maggi (PR), eleito em 1996. André porém, não cumpriu todo o mandato, e Scheneider assumiu então o cargo. “Quando resolvemos fundar a prefeitura, não tínhamos dinheiro, por isso, nos dois primeiros anos todos éramos voluntários e não existia folha de pagamento”, conta Scheneider. Segundo ele, o que existia era uma espécie de cooperativa de trabalho. Servidores, prefeito, vice e vereadores não tinham direito a salários. “Não tínhamos dinheiro, por isso, essa era a única opção para a nossa cidade andar”, lembra.
O curioso é que André Maggi desistiu de ser prefeito justamente quando os vereadores do município exigiram receber salários. Apenas três gestores administraram a cidade. Além de André e Scheneider, apenas César Maggi, primo do governador, virou prefeito. Ele foi reeleito em 2008. Atualmente a cidade conta com aproximadamente 14 mil habitantes.
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