Novo ataque mata oito soldados americanos no Afeganistão
Oito soldados americanos e um civil afegão que trabalhava para o grupo morreram em um ataque no sul do Afeganistão nesta terça-feira, de acordo com informações da Otan.
O ataque "múltiplo e complexo" de bombas também deixou diversos feridos, segundo o comando das tropas lideradas pelos Estados Unidos.
As mortes tornaram o mês de outubro de 2009, com 55 vítimas fatais, no mais mortal para as forças americanas no Afeganistão desde o início das operações militares no país, em 2001.
Na segunda-feira, 11 soldados americanos e três civis morreram quando dois helicópteros se chocaram no sul do Afeganistão.
Protesto
Em meio aos novos incidentes no Afeganistão, o mais alto representante do departamento de Estado americano na província de Zabul, o diplomata Matthew Hoh, se demitiu do cargo, em protesto contra a estratégia militar dos Estados Unidos no Afeganistão.
A província de Zabul é apontada como um reduto do Talebã.
Em carta aberta publicada no jornal Washington Post, Hoh diz ter perdido a confiança nas propostas americanas para o país.
O diplomata afirma que, ao defender um governo corrupto (do presidente afegão, Hamid Karzai), as tropas americanas se tornaram uma força de ocupação. Neste contexto, diz ele, a insurgência se justificaria.
O Washington Post afirma que a demissão de Hoh gerou preocupações no governo americano.
Política
As críticas à presença americana nos esforços para estabilizar o Afeganistão aumentaram com a instabilidade política causada pelas eleições presidenciais afegãs, marcadas por fraudes no primeiro turno, realizado em 20 de agosto.
O presidente Hamid Karzai afirmou que o segundo turno, marcado para 7 de novembro, deve ocorrer mesmo se o outro candidato, Abdullah Abdullah, se retirar da disputa.
Abdullah impôs uma série de condições para permanecer na disputa, mas as exigências foram imediatamente rejeitadas por Karzai.
Em Washington, o presidente americano, Barack Obama, estuda um aumento substancial do número de tropas dos Estados Unidos no Afeganistão.
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