Deputados governistas tem pressa em votar autorização de empréstimo, mas oposição cobra transparência
Mesmo com o pedido de urgência do Poder Executivo, um pedido de vistas do deputado estadual Zeca Viana (PDT) evitou que a mensagem 40/2013, que autoriza o governo de Mato grosso a contratar R$ 120 milhões em empréstimos, fosse votada no plenário da Assembleia Legislativa de Mato grosso, sem a devida discussão. O dinheiro é para concluir as obras da Arena do Pantanal – antigo Estádio Verdão – especialmente a área de informática, as cadeiras e os telões gigantes.
“Isso é um tema sobejamente importante para ser votado com tanta pressa. Desejo analisar o que está em pauta”, disse Viana, na tribuna do Plenário Renê Barbour, ao justificar sua solicitação de vistas.
“Da última vez em que pedi explicações sobre os gastos da Copa do Pantanal, quase fui ‘linchado’ na rua, porque distorceram tudo, dizendo que eu era contrário ao evento. Não! Eu não sou contra a Copa”, observa o parlamentar pedetista.
“Essa Copa é de Mato Grosso e não apenas de Cuiabá. O que eu exijo é transparência nos gastos com obras da Copa e é isso que está muito difícil” problema Zeca Viana.
Antes mesmo da discussão, Zeca já havia questionado o Parágrafo 2º do Artigo 3º da futura lei, que dispensa a emissão da nota de empenho para realização da despesa; e o Artigo 2º, que vincula o pagamento diretamente à receita do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
O deputado João Malheiros, vice-líder do PR na Assembleia, lembrou que esse dinheiro irá assegurar a conclusão da Arena Pantanal. “Se não aprovarmos, o que vai acontecer? Não podemos deixar que as obras da Arena pela metade”, questionou Malheiros.
Ao destacar a rigidez dos prazos para a conclusão das obras da Copa do Pantanal de 2014, o deputado Wagner Ramos (PR), vice-líder do governo na Assembleia, afirma que a autorização do empréstimo é essencial para que a Arena Múltiplo Uso, considerada ‘vedete’ do evento, seja concluída neste ano. “É certo que os deputados estaduais também têm sua parcela de responsabilidade com a subsede da Copa em Cuiabá”, completa Ramos.
Na mensagem, o Poder Executivo dá ênfase ao fato de que “o resultado almejado consiste em atender o prazo exigido pela Fifa: o término da construção da Arena”.
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