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Internacional
Terça - 27 de Outubro de 2009 às 09:43

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O Estado Islâmico do Iraque, considerado o braço iraquiano da rede terrorista Al Qaeda, reivindicou nesta terça-feira o duplo atentado que deixou pelo menos 155 mortos e outros 500 feridos na capital Bagdá no domingo passado (25), considerado o pior ataque terrorista ao país nos últimos dois anos.

Segundo o centro americano de monitoração de sites islamitas SITE, o comunicado do Estado Islâmico do Iraque foi divulgado em várias páginas jihadistas.

A nota, cuja veracidade não foi ainda comprovada, diz que os atentados foram lançados contra "o Ministério da Opressão e da Tirania, chamado Ministério da Justiça, e contra o Conselho Provincial de Bagdá, chamado Conselho Legal do governo Local de Bagdá".

No domingo passado, dois caminhões-bomba explodiram em frente ao edifício do governo de Bagdá e nas proximidades do Ministério da Justiça. O ataque matou 24 crianças que deixavam uma creche próxima ao ministério no momento da explosão.

Os ataques, nos arredores da ultraprotegida Zona Verde, foram os maiores no país em dois anos. Em agosto, um ataque simultâneo de caminhões-bombas, também contra edifícios do governo, matara 102 pessoas.

O ataque já havia sido atribuído pelo governo iraquiano a Al Qaeda e seus aliados como uma tentativa de sabotar as eleições previstas para janeiro de 2010.

O grupo, que usa um discurso retórico similar ao de outros comunicados, já tinha se declarado responsável pelos atentados registrados em 19 de agosto em Bagdá contra várias sedes ministeriais que deixaram 87 mortos e 1.203 feridos.

A nota, assinada pelo "Ministério da Informação do Estado Islâmico do Iraque", assegura que com os atentados de domingo se inaugura a segunda fase do que chamam de "o plano da colheita do bem".

O Estado Islâmico do Iraque, criado em outubro de 2006, é uma organização da qual fazem parte oito grupos armados iraquianos e está diretamente vinculada com a Al Qaeda, dirigida por Osama bin Laden.

Ataques com carros-bomba e militantes suicidas são marcas da Al Qaeda e dos insurgentes sunitas iraquianos que tentam derrubar o governo dominado pelos xiitas.





Fonte: Folha Online

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