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Nacional
Segunda - 26 de Outubro de 2009 às 07:55
Por: Josie JEronimo

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Mais de 20 milhões de brasileiros trabalharam a vida inteira para conseguir o que alguns políticos alcançam em dois anos de mandato: a tão sonhada aposentadoria. Em pouco mais de um século de República, o Brasil já conseguiu engordar a conta bancária de ex-autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário. Apesar de apresentar menor número que os assalariados da iniciativa privada, essa casta de aposentados consegue ser bem mais onerosa para a nação graças aos benefícios que o Estado garante, estendendo também as bondades aos parentes dessas autoridades.

Somente 994 aposentados de luxo, considerando os ex-presidentes, ex-deputados, ex-senadores, ex-governadores e ex-ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e STM (Superior Tribunal Militar), custam aproximadamente R$ 150 milhões por ano, segundo informações levantadas pelo R7 nas assessorias do Congresso, Casa Civil e STF.

Isso sem contar o direito ilimitado que as ex-autoridades têm em relação a plano de saúde e outros benefícios que variam de acordo com o cargo. Com o que os governos gastam para pagar os aposentados de luxo, seria possível oferecer mais de 25 mil aposentadorias por ano para quem recebe um salário mínimo.

Na Câmara e no Senado, a tristeza dos parlamentares mais antigos foi o fim do IPC (Instituto de Previdência dos Congressistas). O instituto era uma espécie de Previdência diferenciada que pagava aposentadorias integrais a deputados e senadores com apenas oito anos de trabalho. Alguns parlamentares mais antigos ainda recebem benefícios do IPC. O setor de Coordenação de Registro e Seguridade Parlamentar informou ao R7 que atualmente existem 582 deputados aposentados.

A Bahia quer ampliar esse benefício e tenta aprovar na Assembleia Legislativa um projeto que dá pensão vitalícia de R$ 12 mil para mulher e filhos de ex-autoridades que ficarem no comando de algum cargo no governo do Estado por pelo menos dois anos.



José Reinaldo Tavares (PSB) era vice de Roseana Sarney no governo do Maranhão, ficou nove meses no cargo como governador e ganhou para sempre um "auxílio-pijama" de R$ 22 mil e carro oficial à disposição. José Reinaldo foi procurado pelo R7, mas não retornou as ligações até a publicação desta reportagem.





Fonte: R7

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