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Economia
Quarta - 21 de Outubro de 2009 às 12:32

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A crise financeira internacional foi responsável pela entrada de 89 milhões de pessoas na faixa de renda correspondente à pobreza extrema, disse nesta terça-feira (20) no México o vice-presidente do Banco Mundial, Justin Yifu Lin.

"Antes da crise, o mundo tinha mais ou menos 1,4 bilhão de pessoas abaixo da linha de pobreza internacional, e a crise acrescentou ao menos outras 89 milhões de pessoas", disse Yifu Lin, em um seminário organizado pelo banco central do México.

Pobreza extrema é definida pelo Banco Mundial como a situação das pessoas em países em desenvolvimento que vivem com menos de US$ 1,25 (US$ 2,19, no câmbio de hoje) por dia. Os dados do banco sobre pobreza cobrem 96% das populações dos países em desenvolvimento.

As Metas do Milênio são um conjunto de diretrizes fixadas pela ONU (Organização das Nações Unidas) para reduzir pela metade, até 2015, os níveis da pobreza extrema de 1990. O programa inclui ainda a redução da mortalidade infantil e a garantia da sustentabilidade ambiental, entre outros objetivos.

Para combater a pobreza, os países em desenvolvimento devem ter uma economia "semelhante à dos países com alta renda", acrescentou Yifu Lin, de origem chinesa, e em tempos de crise devem manter uma política monetária "mais pró-ativa", dado que o espaço para melhorar sua economia é maior.

Em um documento divulgado no último dia 5 pelo banco já constava a estimativa de que a crise econômica atual --a pior desde a Grande Depressão dos anos 30-- poderia deixar até 90 milhões de pessoas.

"A economia global tem mostrado sinais de recuperação, mas riscos permanecem. Em muitos países em desenvolvimento, o impacto sobre as pessoas mais pobres e vulneráveis está crescendo", diz o documento --que acrescenta que o progresso "duramente conquistado" sobre as metas do Milênio corre o risco de ser revertido.

"Para a proteção dos mais pobres, pedimos que os países-membros [do banco] cumpram seus compromissos de elevar a ajuda. Países em desenvolvimento desempenham um papel importante na recuperação global e seu progresso será essencial para o crescimento futuro", diz o documento.





Fonte: Folha Online

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